A Igreja Paroquial de Chafé, com uma outra denominação de Igreja de São Sebastião, santo a quem é dedicada, é um templo religioso de que nem as Inquirições Paroquiais conseguem afirmar a sua existência.
Na verdade, a localidade e o Templo sempre existiram, no primeiro caso a localidade confundia-se no meio de Santiago do Neiva e São Romão do Neiva, em que a sua localização se encontrava na sua maior parte no Couto do Mosteiro de São Romão do Neiva.
Quanto ao templo, a paróquia na altura era conhecida como São João de Ester, em que parte desta paróquia ficava de fora do domínio dos Monges Beneditinos, sendo por isso que o pagamento era efetuado ao rei. São João de Ester era uma paróquia autónoma mas incluída no Couto do Mosteiro São João do Neiva.
Desde a fundação que a Igreja de São Sebastião existiu, localizada no lugar de Ester, no sopé do Monte do Castelo. Contudo, a invasão das areias veio afetar as áreas litorais, acabando por o lugar de Ester, como outros, ficarem soterrados e destruindo todas as habitações e consequentemente a primeira igreja.
Os locatários foram obrigados a se deslocarem para o interior e, consequentemente, à construção da nova edificação no atual lugar.
A Igreja, que se orienta com a fachada principal para o norte, apresenta uma planta retangular formada por nave retangular e capela-mor igualmente retangular, mais pequena e estreita. Adossada a esta no lado esquerdo, a sacristia também ela retangular e a torre sineira quadrangular, esta num plano mais recuado que a fachada.
A fachada curvilínea é delimitada por pilastras nos cunhais, com remate de pináculos piramidais com soco na sua base. Os rasgos são do portal em arco de volta perfeita encimado por uma janela lobulada e um nicho com a imagem do padroeiro São João Batista.
O interior tem a linha barroca do branco e dourado, em que a nave possui o coro-alto com guarda de madeira à entrada e as paredes estão forradas pela metade de azulejos.
À direita desta está o púlpito e de seguida um altar e, junto do arco triunfal, um outro altar colateral. À esquerda apresenta-se dois altares com, entre estes, uma porta com acesso ao exterior. Uma outra porta com passagem para a sacristia, e finalmente um outro altar, o colateral.
O arco triunfal com passagem para a capela-mor está igualmente decorado com madeiras que vão de um altar colateral ao outro.
A capela-mor apresenta igualmente as paredes forradas pela metade de azulejos, e um retábulo-mor em branco e dourado.
Este ponto está situado na localidade Chafé (Freguesia), na freguesia Chafé.
(Distância: 124 m SE)
A freguesia, que na altura se chamava de São João de Ester, encontrava-se entre Santiago de Castelo do Neiva e São Romão do Neiva. Com a reforma de 1835, as freguesias entre o rio Neiva e o Lima viriam a pertencer ao concelho de Viana do Castelo, pertencendo Chafé a Anha até 1985.
(Distância: 653 m SE)
Situada a caminho de São Romão do Neiva para Chafé, não há mais informações da capela além do nome. Com desenvolvimento na longitudinal e a fachada principal orientada para nascente, destaca-se a sineira a interromper o tímpano, terminada na cruz.
(Distância: 1 km S)
Situada no monte com o mesmo nome, lá no alto, com o acesso feito através de um escadório, a Capela de Nossa Senhora do Crasto tem uma fachada simples e no interior o arco triunfal a separar a capela-mor da nave, com o retábulo-mor em dourado.
(Distância: 1 km S)
Único mosteiro das terras do Neiva desde o século VI, o início da sua construção decorreu no século XI. Em estado de ruína, a reconstrução deve-se ao Conde D. Paio Soares, com foral atribuído por D. Afonso Henriques. De novo destruído parcialmente no século XIX, é reconstruído no século XX.
(Distância: 2 km NW)
O Caminho de Santiago que atravessa a localidade é uma das razões pela qual a Igreja Paroquial de Anha tem como seu orago precisamente São Tiago ou Santiago. Constando das Inquirições de 1258 e depois de pertencer à Casa de Bragança, entra para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.
(Distância: 2 km NW)
A Freguesia de Anha, atualmente Vila Nova de Anha, situada junto do mar e entre as suas congéneres de Darque e Chafé, tem a sua existência comprovado por testemunhos documentais desde 1063. Designada inicialmente como Nossa Senhora das Areias, devido à acumulação das areias teve que mudar para a atual localização.
(Distância: 2 km NW)
Situada em frente à Igreja Paroquial no Largo da Igreja, a Capela do Senhor dos Aflitos, não havendo mais informações sobre a mesma além do nome. A fachada divide-se em dois panos, havendo no superior um janelão a iluminar o coro-alto ladeado por pilastras e no inferior o portal principal em moldura reta também ladeado por pilastras.
(Distância: 2 km NE)
Nas Inquirições Afonsinas a igreja tinha a denominação de São Martinho de Vila Fria e localizava-se nas Terras de Neiva. Nas Inquirições de D. Dinis, no século XIII, o território tinha-se elevado para freguesia e passou a pertencer à Diocese de Viana do Castelo em 1977.
(Distância: 2 km NE)
Vila Fria tem a sua primeira referência documental no século XII, denominada Vilia Frígida. No entanto a presença humana neste território recua ao tempo da Idade do Ferro, e o Castro de Sabariz é o testemunho da Pré-história que remonta ao século VIII a.C. Foi posteriormente ocupada pelos romanos.
(Distância: 2 km S)
A maior relevância da história de São Romão do Neiva é o Mosteiro Beneditino sob a regra da Ordem de São Bento. Ali se fixou no período anterior à Nacionalidade, por volta de 1087, tendo a povoação desenvolvido à volta do mosteiro. Há no entanto vestígios de ocupações romanas e anteriores.