A passagem do rio Lima por terras de Mazarefes veio ter um papel importante e decisivo na vida quotidiana desta localidade, na sequência de um nome primitivo de São Nicolau de Mazarefes.
Situada precisamente na margem esquerda do rio Lima, Mazarefes ali assentou desde o ano de 985, segundo as provas documentais de doação de D. Bermudo aos Condes de D. Telo de Alvites e D. Muma.
Entretanto os Condes faleceram sem geração, deixando todos os coutos, os padroados das respetivas igrejas e os restantes bens ao Mosteiro da Ordem de São Bento, situado em Santiago de Compostela.
A necessidade de Mazarefes ter um templo religioso fez com que os monges da Ordem pedissem autorização ao rei D. Fernando de Leão que os privilegiasse com as possessões que detinham, com a construção de um cenóbio.
Aceite o pedido e a realização da capela foi um facto, ficando a pertencer à Ordem Beneditina de Compostela e que se transformaria na Igreja Paroquial de São Nicolau de Mazarefes, acabando a capela por ser tornar em privada da Família fidalga dos Pereiras de Mazarefes, após a sua compra.
Anos se passaram e as possessões das terras de Ribeira do Lima continuavam na Ordem Beneditina, até que, no reinado de D. Fernando, os problemas surgiram quando as questões partidárias se sobrepuseram, acabando a Ordem Beneditina de Santiago de Compostela por vender as terras a Martim Mendes de Berredo. Estava-se no início do século XV.
Nos séculos seguintes a localidade de Mazarefes ficou a mercê da família Pereira, que teve o seu contributo no desenvolvimento da localidade, passando de mãos em mãos, através de casamentos, doações ou testamentos.
Com as constantes cheias do rio Lima que atingiam a população, esta para fugir as catástrofes naturais deslocou-se mais para sul da freguesia e para um ponto mais alto, onde se manteve até agora.
Em 2013, pela reorganização das freguesias, Mazarefes foi unida a Vila fria, criando a União das Freguesias de Mazarefes e Vila Fria com sede na primeira.
Este ponto está situado na localidade Ferrais, na freguesia Mazarefes e Vila Fria.
Nestas coordenadas está localizada a sede da Junta da União das Freguesias de Mazarefes e Vila Fria. Em Vila Fria, a pouco mais de 2 quilómetros de distância, situa-se uma representação da Junta.
(Distância: 188 m NE)
A atual Igreja Paroquial de Mazarefes, dedicada a São Nicolau, tem a sua origem na primitiva localidade de São Nicolau de Mazarefes. Sendo a população transferida para a parte alta, no decorrer do século XVIII surge a edificação da nova igreja.
(Distância: 1 km E)
Capela dedicada a Santo Amaro, isolada, num local elevado e com acesso por uma rampa e num enquadramento rural, não tem mais informações além do nome. Capela de grande simplicidade, apresenta uma planta retangular com a única abertura do portal em verga reta.
(Distância: 2 km N)
A capela de São Simão renasceu da antiga Igreja Matriz que tinha por invocação o mesmo nome da localidade. Por assoreamento do rio Lima a população transferiu-se para a parte mais alta da freguesia, acabando por a igreja ficar isolada e em ruína. Com os seus escombros foi construída a capela atual, com o mesmo nome.
(Distância: 2 km NW)
Igreja de São Sebastião, Paroquial de Darque constava nas Inquirições do reinado de D. Dinis de 1320 como Santa Maria de Areias. Em 1839, em termos administrativos, pertencia à Comarca e Concelho de Barcelos, passando em 1852 para a Comarca de Viana do Castelo.
(Distância: 2 km N)
A Veiga de São Simão é provocada pelas águas do rio Lima, aquando das cheias que entram por terra dentro. A Veiga é uma zona húmida na margem esquerda do estuário do rio Lima, local de refúgio e alimentação de várias aves limícolas e aquáticas, a mais importante e relevante zona húmida do Concelho de Viana do Castelo.
(Distância: 2 km NE)
Uma capela edificada na primeira metade do século XVIII, tendo como protagonista o Padre Barbosa e Almeida que promoveu a construção do templo. Mais tarde, o Visconde da Barrosa ligou a capela à parte residencial, cujo pano central desta foi uma construção dos finais do século XVII.
(Distância: 2 km NE)
A Freguesia de Vila Franca é ocupada desde a Pré-história, devido à proximidade do rio Lima. Com a romanização estas populações apresentaram-se com um estilo de vida mais sedentária e dependente da agricultura, com este setor a manter-se até agora como um dos principais.
(Distância: 2 km S)
Nas Inquirições Afonsinas a igreja tinha a denominação de São Martinho de Vila Fria e localizava-se nas Terras de Neiva. Nas Inquirições de D. Dinis, no século XIII, o território tinha-se elevado para freguesia e passou a pertencer à Diocese de Viana do Castelo em 1977.
(Distância: 2 km SE)
Vila Fria tem a sua primeira referência documental no século XII, denominada Vilia Frígida. No entanto a presença humana neste território recua ao tempo da Idade do Ferro, e o Castro de Sabariz é o testemunho da Pré-história que remonta ao século VIII a.C. Foi posteriormente ocupada pelos romanos.
(Distância: 2 km SW)
A Capela de Santo António pertence à famosa Casa do Paço de Anha e é por isso de estatuto particular, sendo uma edificação dos inícios do século XVII. Entalada entre os muros da quinta do Paço, a fachada em empena triangular apresenta o portal em verga reta encimado pelo brasão de armas da Família.
