

Contudo a edificação remonta ao século XVIII, nomeadamente entre 1754 e 1755, a mando de um poderoso comerciante da cidade, João Duarte Faria. Tudo indica que este teria contratado o arquiteto André Soares, homem responsável na altura pelas grandes obras da cidade de Braga.
Mistura de estilos
Uma época de extrema importância a nível de arquitetura, em que Nasoni já se evidenciava no Porto e com um tipo de arte que acabava de surgir na Europa, o Palácio do Raio entra numa configuração do final do barroco, através da sua estrutura, e início do rococó, com a decoração. Esta mistura de estilo com a arte acaba por caraterizar a monumentalidade do edifício, tornando-a numa das mais importantes e conhecidas obras de André Soares.
Fachada
Edifício de planta retangular de dois pisos, a fachada é orientada a nascente, com uma decoração incomum pela sua forma naturalista e caraterizada pelos concheados, jarros, grinaldas e festões.
A fachada é rasgada no piso térreo por quatro janelas de moldura reta intercaladas por três portas, das quais as duas laterais são em verga reta e a central em arco de volta perfeita. Ao contrário das restantes janelas do segundo piso, esta sobrepõe-se à portal central ligando-se através do frontão curvo e da sacada em guarda de pedra. As restantes janelas também são formadas por sacadas em guarda de ferro com uma decoração mais simples.
O palácio, até chegar à Santa Casa da Misericórdia, atual proprietária, foi vendido três vezes.
Classificação
Este edifício está cassificado como Imóvel de Interesse Público desde 1956.
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Localização
Referências
- Direção-Geral do Património Cultural. «A fachada rocaille e escadaria do Palácio do Raio»