Caraterística esta que viria a dividir opiniões sobre a sua funcionalidade, chegando também a dividir opiniões sobre a sua época.
Segundo alguns autores, e baseando-se na sua funcionalidade de Paços de Concelho, teria funcionado como tal entre os inícios dos século XVI e XIX, com o seu salão amplo. Esta teoria viria a ser contrariada devido à presença de uma cisterna no centro da sala impondo assim, a outros autores, que o seu propósito fosse militar.
Uma opinião dizia que a sua função era militar, pois a presença do elemento cisterna corresponde aos mais comuns burgos Medievais e não obstante a alguns Castelos. Outra dizia ser uma sala de reuniões de Conselho. É algo de novo que surgiu entre nós e, exceptuando Chaves, que não chegou aos nossos tempos, revelando um salão amplo, com janelas em toda a volta do recinto, deixando passar uma luminosidade nunca vista. Surgiu a dupla funcionalidade a que este monumento foi sujeito e, pelas razões acima descritas, feitas e confirmadas pelas opiniões mais recentes.
Este raríssimo Monumento, que ainda hoje nos deixa a pensar, está considerado como Monumento Nacional desde 1910.
Trata-se de uma estátua representando três figuras, duas mulheres e um homem, e três burros carregados sacas de brasas e de carvão, feixes de urze e produtos da terra, que caminham calmamente por uma ponte por cima da fonte.
Este nome deve-se a uma lenda existente em que, após a expulsão dos muçulmanos, esta foi descoberta entre penhascos povoados por sardões, sobranceiros aos rios Fervença e Sabor.
Considerada com a igreja mais velha de Bragança, a igreja de estilo românica foi, durante dois séculos, modificada, tendo resultado num estilo barroco. A fachada apresenta um portal barroco ricamente decorada com duas colunas salomónicas decoradas por folhas de vides e cachos encimado por um frontão interrompido por um nicho.
O seu interior é formado por três naves separadas por colunas poligonais, que sustentam os arcos e uma pintura cenográfica, na cobertura do corpo da igreja, representando a Assunção da Virgem.
Contudo em 1539 o templo foi reconstruído e ampliado para servir como Igreja da Misericórdia.
O altar-mor dos finais do século XVII foi dotado de um retábulo maneirista, tendo como figura central a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia.
De arquitetura barroca, a Igreja da Misericórdia desenvolve-se longitudinalmente composta por nave e capela-mor, de cobertura em falsa abóbada de berço em estuque e com a sacristia, Casa da Confraria e corpo antigo do hospital adossados à fachada norte.
A fachada principal termina em empena contracurvada, rasgada pelo portal principal em arco abatido e encimado por um janelão.
Na capela anexa destaca-se a imagem do Nosso Senhor dos Passos pertencente aos finais do século XVIII.
Sendo para receber as filhas nobilitadas da cidade e região, a dita dama colocou o convento sob a protecção de Santa Escolástica, a irmã do Patriarca S. Bento.
O acesso à igreja fazia-se por uma porta lateral com uma construção baseada numa estética maneirista.
O teto da nave é em madeira abobadado e ostenta uma pintura cenográfica. A capela-mor possui um notável retábulo do século XVIII, apresentando um figurino do estilo nacional com uma particularidade no teto de alfarge.