Conforme a fachada desta capela, possivelmente foi recuperada mantendo a parte frontal.
Perante tal situação, e uma vez que nas aldeias os edifícios eram construídos com este tipo de material, isso pode indicar-nos uma certa antiguidade.
Não há qualquer menção sobre este templo, somente que é dedicado ao São Martinho, e que, no seu interior, o destaque vai para os seus cinco altares contornados com uma linha de talha dourada.
Esta foto acaba por ser tirada devido à passagem por esta terra e com a finalidade de encontrar a Capela da Nossa Senhora do Rosário, e como não podia deixar de ser, a igreja acaba por ser o ex-libris desta mesma terra.
Este é mais um dos muitos pelourinhos que fogem à regra dos mesmos.
Levanta-se sobre dois degraus hexagonais, com uma base também hexagonal, que serve um fuste com uma simbologia em cruz. Encimado, na cruz, as armas que possivelmente são da Vila.
Como o titulo nos indica, a Igreja é dedicada a Nossa Senhora da Assunção, Padroeira da freguesia, encontrando-se uma imagem em mármore inscrita no nicho existente na fachada posterior do Templo.
Desconhecendo-se a data inicial da edificação, sabe-se porém que foi terminada em 1798, pressupondo-se a demorada obra dado o seu elevado custo. Exemplo de arquitetura barroca e neoclássica, desenvolve-se numa planta longitudinal com capela-mor mais baixa e mais estreita que a nave, uma torre sineira no plano da fachada, a sacristia do lado norte e, do lado oposto, um anexo denominado a Casa das Almas.
A fachada principal, bastante recortada, é rematada por uma frontão interrompido por aletas com cruz ao centro. O portal apresenta uma configuração semelhante à da fachada, com frontão semicircular interrompido pela janela, de linhas curvas, que se projeta a partir do centro do frontão.
Os restantes alçados são rasgados por janelas de configuração muito semelhante entre si com um arco abatido e molduras recortadas e, na fachada norte, abre-se um portal de arco abatido. A torre sineira, com relógio, ergue-se do lado esquerdo, rasgada por janelas sobrepostas.
No interior, destacam-se cinco altares dedicados a São Miguel, às Almas, ao Calvário, ao Sagrado Coração de Jesus e a Nossa Senhoras das Dores, todos eles em talha policromada e de gosto rococó. O retábulo-mor, também em talha mas branca com pormenores dourados, ocupa toda a superfície da capela, tendo sido executada numa época mais tardia, reflectindo por isso mesmo uma linguagem já neoclássica.
Num painel de azulejos junto da primeira fonte lê-se a frase célebre quando se fala da aldeia "Sou d'Ableda e a burra tamém".