Também é conhecida como Igreja Matriz, não se sabendo ao certo o ano da sua edificação. Entretanto, as primeiras referências documentais sobre este templo surgem durante o tempo das Inquirições Afonsinas, de 1259.
Assim, acredita-se que a igreja pertença ao período do românico, possivelmente construída no século XII sobre umas fundações da época visigótica. Da estrutura medieval subsistem a torre sineira e o seu portal.
No reinado de D. João III a igreja sofreu uma grande reforma edificativa, anexando à estrutura românica das fachadas dois magníficos portais renascentistas.
Apresentam uma estrutura semelhante, de linhas sóbrias na tratadística italiana, em que o arco de volta perfeita se rasga ladeado por colunelos e inserido num frontão de remate triangular. A porta lateral destaca-se pela decoração repleta de motivos de grotesco, possuindo esculpidos os bustos de São João e São Pedro.
O interior conserva a estrutura medieval, dividindo-se em três naves marcadas por robustos pilares cobertos por teto de madeira edificado no século XIX, uma vez que a cobertura original era feita por abóbadas de canhão.
A capela-mor terá sido reedificada já na segunda metade do século XVI, mais concretamente 1561, abrindo com um arco triunfal ogival encimado por um painel de azulejos alusivo à Assunção de Maria.
Como nos templos religiosos da época românica, os seus interiores são um pouco escuros, por isso devo realçar os vitrais nas partes laterais.
Como já foi dito, na capela-mor e nas capelas que a antecedem as paredes estão forradas com os azulejos.
A Igreja de Santa Maria Maior está classificada como Imóvel de Interesse Público.