

Dedicado a Nossa Senhora da Graça, o Convento dos Agostinhos foi fundado no século XVI no espaço onde anteriormente estava erguida a Ermida da Gafaria da cidade. O conjunto conventual foi edificado com base nos claustros, dispondo-se como um quadrado.



O templo está edificado longitudinal à esquerda do claustro, com uma planta retangular de nave única e capela-mor. A nave é coberta em abóbada de berço, sendo as paredes com azulejos de tapete do século XVII. Possui oito capelas laterais decoradas com retábulos de talha barroca. Sobre estes arcos abrem-se janelas com finalidade de iluminação exterior, existindo igualmente uma semelhante abertura no coro-alto. A capela-mor, separada da nave por um arco de volta perfeita, está coberta por abóbada e alberga um retábulo-mor maneirista de talha dourada.
A fachada foi alterada no século XVIII, está delimitada por cunhais em pilastras, finalizando em frontão curvilíneo ladeado por pináculos. É formada por três arcos de volta perfeita em galilé, encimada por um janelão ladeado por dois nichos sem imagens. Separada por um friso, o frontão possui uma janela em circulo. O rasgo da entrada principal para o templo é em moldura de verga reta.


O claustro, de planta quadrada, no piso térreo, tem uma arcada de volta perfeita e em todo o perímetro as paredes estão decoradas com painéis de azulejos do ano 1725, que relatam a vida de D. Frei Aleixo de Meneses, prior do convento na última década do século XVI, que se apresenta à direita dos claustros.



As dependências conventuais, que seguem os claustros à sua direita, acabaram por ser vendidas a particulares, depois da extinção das Ordens Religiosas, acabando por a Câmara adquirir o imóvel em 1887 instalando aí várias repartições camarárias. Atualmente funciona como Museu Municipal.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público, desde o ano 1958