A Basílica dos Congregados foi considerada por Eduardo Pires de Oliveira como "uma das obras-primas da arte bracarense e portuguesa", sendo também na sua opinião a fachada "uma das mais extraordinárias e emocionantes obras do barroco português".
Um arquiteto americano considerou a Basílica também como a melhor "obra mais emocionada" cujo projeto é atribuído a André Soares, responsável por outras obras em Braga. Situada na Avenida Central, este templo religioso do século XVIII é conhecido como Convento, Colégio e Igreja dos Congregados, sendo igualmente conhecido como Congregação de S. Filipe Néri. Note-se que o projeto é atribuído a André Soares porque de facto não há documentação que o comprove.
Pertenceu à Congregação do Oratório, os Oratorianos, que foram convidados pelo Cónego João de Meira Carilho e com a aprovação do Arcebispo D. Luís de Sousa a se instalarem em Braga. Inicialmente residentes próximo da Sé, acabaram por se transferir para o Campo Sant'Ana em 1687, acabando por estas novas instalações serem demasiado pequenas para o aumento da Congregação.
Neste período da remodelação da Congregação, a igreja também se tornou numa realidade, construída precisamente no local onde antes se erguia o Oratório.
As obras tiveram início em 1703, por Manuel Fernandes da Silva, e a sua finalização acabaria por ser concretizada pelo arquiteto André Soares no início da segunda metade do século XVIII. Evidencia uma certa monumentalidade interior e exteriormente, conforme exigidas pela Congregação.
A sagração ocorreu em 1717, após a capela-mor e parte da nave, até ao púlpito, estarem concluídas. A Igreja é dedicada a Nossa Senhora da Assunção.
No final do século XIX foram efetuadas diversas obras na igreja, que incluíram dourar os altares e restaurar os telhados e a sacristia, obras estas custeadas pelos donativos deixados em testamento por João Ferro de Lima, além de outras obras diversas.
As estátuas de S. Filipe Néri e de S. Martinho de Dume foram colocadas em 1964.
A fachada central, construída entre 1761 e 1766 pelo mestre pedreiro galego Paulo Vidal, é marcada pelo seu verticalismo acentuado e delimitado por pilastras. Estas definem-se como grossas molduras em cantaria, evidenciando a parte central.
A fachada não foi terminada neste tempo, faltando ainda a cúpula numa das torres e a metade superior na outra.
A fachada é rasgada pelo portal principal em moldura recortada e encimado por um janelão também de moldura recortada ladeado por outras duas janelas mais pequenas de igual moldura.
No registo seguinte, um janelão central que se assemelha a uma fechadura com remate trilobado e ladeado por dois nichos com imagens de São Filipe Néri e São Martinho de Dume.
A igreja desenvolve-se longitudinalmente, com uma planta retangular composta por nave única e capela-mor. A esta estão adossadas as torres sineiras e, ao templo, o convento lateralmente.
As torres laterais não chegaram a ser concluídas devido aos Frades Oratorianos serem obrigado a sair de Portugal. A torre nascente estava de pé, embora não terminada. Faltava o telhado e a cúpula. A torre poente estava ainda mais atrasada, não estando mais do que metade construída.
Em 1888 foi instalado um relógio na torre nascente, a da esquerda.
Apenas em 1958 as torres foram concluídas, com ajuda de António Augusto Nogueira da Silva.
Os sinos e o relógio da torre poente foram colocados em 1960. O mecanismo para toque dos sinos e o comando elétrico dos relógios foram colocados em 1963.
A capela-mor está num plano mais elevado da nave, em que a cobertura é em abóbada de berço estucada e pintada. O retábulo-mor neoclássico, datado de 1781, é em talha dourada policromada, com mármores em verde azul e rosa com grossas colunas caneladas. No frontão vemos um anjo de cada lado.
A ladear o arco triunfal estão quatro estátuas em granito de Abraão, Isaac, Jacob e David. Ao centro, um escudo alude a Nossa Senhora da Assunção, a padroeira da Igreja
A nave apresenta uma cobertura em falsa abóbada de berço forrada a corticite e um coro-alto sobre um arco abatido.
Ao contrário do habitual, o órgão de tubos, decorado em talha dourada e policromada, não está no espaço reservado ao coro mas numa pequena varanda lateral. O órgão foi restaurado em 1995 custeado pelo benfeitor Teotónio Luiz Pereira Andrade dos Santos.
A nave é ladeada por oito altares laterais em arco perfeito assente em pilastras toscanas com retábulos de talha dourada e branco. O altar de Santo António é considerado um barroco joanino de grande qualidade, ainda segundo Eduardo Pires de Oliveira. Os restantes altares contêm retábulos em estilo rococó.
Também obra de André Soares, a capelinha-oratório de Nossa Senhora da Aparecida ou dos Monges, numa das dependências da igreja, tem estrutura em cruz grega. Nela se destaca a abóbada de secção elítica e remate de lanternim e o retábulo em talha dourada datável da década de 1760.
Com a extinção das Ordens Religiosas, em 1834, os Oratorianos tiveram que deixar Braga. Assim, os seus bens, que incluíam a Igreja, passaram para o Estado.
A parte conventual teve vários desígnios ao longo dos séculos. Serviu para Biblioteca Pública, Liceu de Braga, Quartel General da Brigada do Minho e enfermaria provisória durante o período da cólera.
Teve ainda papel como repartições públicas, para as Finanças e para o Governo Civil, e o Ministério Primário de Braga. Finalizou pelo Centro Integrado de Formação de Professores da Universidade do Minho.
Em 15 de março de 1975 a Santa Sé concedeu à Igreja dos Congregados o título de Basílica Menor.
Está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1993.