Este, ao contrário dos outros dois, possui cinco bicas, dando o nome ao chafariz, mostrando a imponência das dimensões e o aparato das volutas que o ladeiam e das bacias por onde a água escorre.
Edificado segundo um programa para colmatar a falta de abastecimento de água à cidade, impulsionado pelo Rei D. João V, este chafariz de cinco bicas é uma alusão às Oceânides, divindades femininas personificadas em fontes, riachos ou cursos de água que descendiam do Oceano, o deus grego das águas correntes, retomando à temática mitológica da habitual iconografia barroca na arquitetura relacionada com a água.
O chafariz é formado por um espaldar com um nicho de volta perfeita flanqueado por duas pilastras de cada lado, a última das quais rematada por um vaso. O nicho acolhe três taças escalonadas, decoradas por acantos e temas vegetalistas, dispostas de forma a que a água, saindo da bica superior, caia em cascata.
Na zona inferior encontram-se as restantes cinco bicas, cuja água cai para um tanque. Acede-se às bicas por dois lanços de escadas laterais e em frente desta, no plano térreo, um outro tanque que servia de bebedouro aos animais.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público.