Dedicada a Nossa Senhora da Natividade, com a edificação incerta quanto à data, possivelmente do ano de 1560 ou 1565 quando D. Francisco de Melo, Senhor da Vila, mandou erguer o convento feminino de Carmelitas Descalças, com a colaboração da Confraria de São Pedro e São Domingos da mesma localidade.
Em 1572 o convento recebe as primeiras freiras provenientes do Convento da Esperança de Beja, não sendo provável que o complexo conventual estivesse pronto na totalidade, mas apenas em condições de as receber.
As obras prolongaram-se até ao século XVII, sendo neste século que se deu a grande campanha de obras da reforma. Ao contrário de todos os conventos, este não se articulava à volta dos claustros.
A capela-mor, a parte mais antiga do tempo, foi finalizada em 1616 e reparada em 1630 com o comungatório em 1666, os portais, o da portaria e o da igreja orientados transversalmente (linhas seguidas pelos conventos femininos) em 1633 e o púlpito em 1632.
O complexo conventual, posicionado transversalmente, apresenta a fachada orientada para sul e consequentemente os portais, o do convento e do templo. A igreja é formada por nave e capela-mor com o acesso em moldura de verga reta ladeada por duas colunas, assente por arquitrave, encimado por um nicho com a imagem da Nossa Senhora do Carmo e ladeada por dois pináculos.
No interior, o teto da nave é coberto por abóbada de caixotões lisos de cantaria, tal como a capela-mor, onde estes exibem relevos. O retábulo apresenta caraterísticas rococó
Tratando-se de um convento feminino, a degradação começou-se a revelar e a extinção tornou-se efectiva com a morte da última freira em 1898. O convento foi reclamado para diversas funções, entre as quais se conta com a destruição dos dormitórios para a construção da escola primária, e as restantes foram adaptadas para as necessidades da paróquia.
Apesar da descaraterização do complexo conventual, as zonas, inclusivamente a igreja, merecem que esteja classificada com Imóvel de Interesse Público.