Com um início um tanto atribulado, a igreja que funcionou como Sé Catedral foi inicialmente projectada para, com o desejo do povo e do 5º Duque de Bragança, D. Teodósio, construir um Convento da Ordem das Clarissas.
Estando numa fase de conclusão, este foi entregue, em 1561, à Companhia de Jesus que o transformou num colégio Jesuítico. Este colégio durante duzentos anos foi alvo de um nível cultural e religioso, acabando por receber a título universitário os cursos de Teologia, Filosofia e Humanidades.
Com a expulsão da Companhia de Jesus de Portugal, o edifício foi entregue à diocese de Miranda do Douro. Estes, achando que o edifício não tinha dimensões para Sé, mandaram assim acrescentar um novo edifício.
Com estes aproveitamentos e aumentos, a porta principal da igreja encontra-se na parte lateral, sob um estilo renascentista, acolhendo no tímpano um nicho com a imagem de Nossa Senhora com o Menino.
No seu interior apresenta uma abóbada nervada, é marcada pela talha dourada dos retábulos e pelo arco triunfal renascentista armoriado na pedra de fecho. A Capela-mor apresenta uma abóbada em nervuras estreladas, ornamentada nos encontros destas nervuras, e lambril revestido a azulejos policromados do século XVII.
O claustro é formado por dois pisos, sendo o primeiro formado por arcos abatidos sustentando por colunas toscanas. O segundo é formado por janelas geminadas e molduradas por colunelos.
Está classificado como Monumento de Interesse Público.