Depois do fim do domínio do império romano até ao século V surge um novo período que se vai prolongar durante dez séculos. Período bastante conturbado que vem determinar a postura da Europa no campo político, social, religioso e arquitetónico, dando lugar à Idade Média.
Esta Época Medieval configura-se em Alta Idade Média, compreendida entre o século V e o século X, e a Baixa Idade Média que segue até ao século XV.
É precisamente nesta segunda parte que a Europa se transforma e se começa a delinear com o crescimento demográfico acentuado, o renascimento comercial, o aparecimento das Cruzadas e a ascensão de novos Estados-Nação da qual Portugal faz parte.
A Baixa Idade Média foi um período bastante conflituoso, essencialmente para a Península Ibérica, em que metade desta estava sob o domínio muçulmano.
Portugal, com a Independência no início do século XII, entrou numa campanha de conflito em duas frentes, com o território que viria a denominar-se de Espanha e, quase em simultâneo, com a expulsão dos muçulmanos do centro e do sul do País.
Estas conflitualidades acabaram por forçar o aparecimento de castelos, verdadeiras fortalezas e um dos elementos mais caraterísticos da Idade Média, para a defesa da população e da área que a circundava como também para reprimir os inimigos.
Assim, desde o século III que Braga é rodeada por uma cerca remontando ao tempo romano, delineada por uma planta poligonal.
Parte desta mesma cerca viria a ser utilizada no século XI para o perímetro urbano correspondente a norte. Para sul e oeste seria construída uma nova muralha.
Infelizmente esta muralha mostrou-se pouco eficaz quando, no século XIV, a cidade foi conquistada por tropas castelhanas.
Entre os séculos XIV e XV a construção do castelo terminara, com um acrescento de oito torres.
No século XVI começa-se a denotar um crescimento de edifícios adossados à muralha exterior, acabando por se notar a ineficiência e o respetivo abandono do dispositivo.
Atualmente e ao contrário do que aconteceu com a cidade romana, do castelo medieval resiste apenas a Torre de Menagem, a Porta Nova, a Porta da Torre de Santiago e a Torre de São Sebastião. Muito poucos elementos para uma cidade que ganhou importância com o decorrer dos séculos.
Um dos símbolos mais significativos de Braga, foi mandada edificar pelo rei D. Dinis na rua do Castelo. Apresenta uma planta quadrada de trinta metros de altura com três pisos no interior. É uma construção claramente gótica, com ameias e matacães nos vértíces e dois pares de janelas geminadas orientadas a sul e nascente, bem como a pedra de armas.
Em 1910 entrou para a primeira lista dos Monumentos Nacionais.
Na fronteira da rua do Souto ou Comércio com o largo da Porta Nova, o arco remonta ao tempo das muralhas sem estar destinada a qualquer entrada ou saída.
Este arco viria a ser fundamental pois, no século XVI e a mando do Bispo D. Diogo de Sousa, a porta acabou por ser aberta impulsionando assim o desenvolvimento da localidade em termos urbanos e culturais. No século XVIII atingiu a amplitude que lhe é conferida atualmente e que a carateriza pela depuração e grandeza das formas.
Situada entre o Largo de São Paulo e o Largo de Santiago, a porta da Torre de Santiago está junto de uma das oito torres e consequentemente portas do castelo.
Esta entrada orientada a sul permitia a entrada dos peregrinos que se deslocavam para Santiago de Compostela. Também servia uma outra função, como ponto de de vigia.
De planta quadrangular, com o rasgo de entrada em arco quebrado, é orientada a nascente e com três janelas orientadas a sul e nascente. Do lado interior, orientada a norte, a torre inclui um Oratório da Nossa Senhora da Torre.
No Largo de Paulo Orósio encontra-se o último vestígio medieval através de uma das oito torres.
Não há muito mais a dizer sobre esta torre, com uma planta quadrangular a rematar com dezasseis ameias. Atualmente faz parte do conjunto com a residência.
Este ponto está situado na localidade Braga, na freguesia Braga (Maximinos, Sé e Cividade).
(Distância: 4 m S)
O Arco da Porta Nova é a porta de entrada na cidade de Braga. Foi aberta em 1512, no tempo de Arcebispo D. Diogo de Sousa.
(Distância: 81 m SW)
Fonte maneirista do século XVI, no centro do jardim no Campo das Hortas, foi mandada edificar em 1594 pelo Arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus.
(Distância: 108 m N)
Palácio aristocrático datado do século XVI, com os seus grandes salões, terraços, jardins, mostra a sua verdadeira imponência.
(Distância: 118 m SW)
Este edifício, mandado edificar para servir de residência da Família, foi considerado na época como o mais significativo das construções extra-muros da cidade de Braga.
(Distância: 121 m NE)
O edifício dos Paços do Concelho é uma edificação entre os anos de 1753 e 1755. Teve a contribuição repartida entre o senado da cidade e o Arcebispo D. José de Bragança, irmão do Rei D. João V.
(Distância: 149 m S)
Também é conhecido como Cruzeiro do Campo das Hortas, devido ao local onde esteve originalmente antes da sua deslocação até à sua posição atual, o Largo das Carvalheiras.
(Distância: 163 m E)
Anterior à Nacionalidade, esta edificação do século XI é a Catedral mais antiga de Portugal.
(Distância: 165 m NE)
Esta fonte do século XVIII, sob o estilo barroco, é formada por uma taça central que tem como base de decoração o pelicano, e quatro mais pequenas que a contornam.
(Distância: 197 m NE)
Situada na parte histórica da cidade de Braga, a Praça do Município simboliza um espaço que alberga a instituição máxima da cidade.
(Distância: 199 m E)
A construção desta igreja iniciou em 1560, junto à Sé. Segundo uma inscrição no portal principal, terminou em 1562, ano possivelmente relativo à fachada.