A proveniência da Igreja de São Salvador, tanto no edifício como no nome, é do Mosteiro que ali em tempos existiu, o Mosteiro de São Salvador da Torre. Sem qualquer qualificação por parte da SIPA ou até mesmo DGPA, o Mosteiro fica sem qualquer relevância sobre a sua existência.
Entretanto e segundo as Inquirições Paroquiais, o Mosteiro de São Salvador da Torre é beneditino, e a sua fundação deve-se ao Conde D. Paio Bermudes, remontando aos finais do século IX ou princípios do seguinte.
O fundador e seus descendentes doaram ao Mosteiro os bens de que se tinham apossado por presúria, de diferentes povoações dos concelhos de Viana e Caminha, que acabaram, com o decorrer dos anos, despegados dos seus bens, caindo mesmo na ruína.
Frei Ordonho Eriz, descendente do fundador, teve a perspicácia de recuperar grande parte dos bens e restaurar novamente o mosteiro, sendo consagrado em 1068 pelo Bispo de Tui. Mais tarde, em 1129, o futuro rei D. Afonso Henriques deu-lhe a carta de couto.
A Nacionalidade já tinha acontecido, as Inquirições de 1258 indicavam que o couto abrangia todas as localidades que o rodeavam e, em 1259, já era padroado real sofrendo, igualmente com os templos religiosos, a obrigatoriedade da taxa.
O Censual do D. Frei Baltasar Limpo, na situação canónica dos benefícios, identifica o mosteiro como padroado real e anexo "in perpetuum". D. Frei Bartolomeu dos Mártires promoveu a anexação ao Mosteiro Dominicano de Santa Cruz de Viana, cujas obras iniciaram em 1566 e terminaram em 1571. Entrou para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.
Desenvolve-se na longitudinal com a fachada principal orientada a poente, apresenta uma planta retangular formada por nave e capela-mor retangulares, esta mais estreita e pequena. Adossada a esta, na fachada norte, a sacristia e na fachada principal, no mesmo plano, a torre retangular da sineira de dois sinos.
A fachada em empena triangular tem como rasgos o portal principal em arco de volta perfeita encimado por uma janela quadrangular em tímpano, seguido de um nicho que alberga o Orago São Salvador.
Este ponto está situado na localidade Torre, na freguesia Torre e Vila Mou.
(Distância: 200 m W)
Não há muito para contar da história da Freguesia da Torre, uma localidade que permite recuar no tempo e que garante a partir do século IX a relevância necessária que um Mosteiro pode oferecer à sua população, ao ponto desta localidade consistir num padroado real.
(Distância: 421 m N)
Uma capela de enquadramento rural e isolada, desenvolve-se longitudinalmente com a fachada principal orientada a sul e com uma planta retangular, constituída por nave e capela-mor. Destaca-se na fachada principal o tímpano terminado com a cruz, ladeado por pináculos e a sineira à esquerda.
(Distância: 1 km NE)
Segundo o nome que lhe é atribuído, entende-se que é uma capela em que a sua edificação provavelmente decorre no início da segunda metade do século XX. Situado num pequeno morro, a capela demonstra uma simplicidade com o único rasgo do portal em arco de volta perfeita.
(Distância: 1 km NW)
Esta igreja românica é o que resta de um conjunto conventual do mosteiro masculino de São Cláudio, sendo esta a primeira construção de São Martinho de Dume, realizada no século VI e com obras de reconstrução no século XII e de melhoramentos no século seguinte. É monumento nacional desde 1910.
(Distância: 1 km NE)
Um território muito antigo, segundo as provas documentais das Inquirições Paroquiais, dão conta de que a Vila de Mou se remete ao final do século X. Esta importante referência indica-nos que a freguesia pertence ao D. Paio Bermudes por presúria.
(Distância: 1 km NE)
A freguesia de Vila de Mou já era notícia no século X, em que o Conde Paio Bermudes teve de oferenda este território. Contudo, só no ano de 1546, no Memorial de Rui Fagundes, a Igreja de São Martinho foi referenciada. Entra para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.
(Distância: 2 km NE)
Esta capela dedicada a Santo Amaro possivelmente é um templo datado do século XVIII ou XIX. Embora estando atualmente isolada, a Capela de Santo Amaro pode estar integrada numa propriedade particular com o nome de Quinta de São Bento.
(Distância: 2 km SE)
A Igreja Paroquial de Deão tem a sua primeira referência conhecida num documento de 1164, em 1220 havia a referência da paróquia de Daiam. Em 1977 a igreja entrou definitivamente para a Diocese de Viana do Castelo.
(Distância: 2 km SE)
Sem outras referências históricas, a primeira referência documental desta freguesia surge no ano de 1164, com D. João Peculiar a ceder a Pedro Gonçalves. Com a reorganização administrativa de 2013, a freguesia de Deão ficou agregada às freguesias de Geraz do Lima (Santa Maria, Santa Leocádia e Moreira).
(Distância: 2 km SW)
A história de Cardielos atinge o período Pré-histórico com algumas das suas habitações castrejas em ruínas com o exemplo no Monte de São Silvestre. A região de Serreleis teve os seus primeiros habitantes nos milénios anteriores à Era de Cristo, com o desenvolvimento da cultura castreja.
