Situada a norte e nas margens do rio Lima, a localidade de Cardielos é por si só uma verdadeira terra demonstrativa e com um poder que lhe confere desde muito cedo um lugar de honra e um Couto.
A sua proveniência histórica atinge o período Pré-histórico com algumas das suas habitações castrejas em ruínas com o exemplo no determinado Monte de São Silvestre. Monte que permite uma faceta de religiosidade através do seu pequeno templo com o mesmo nome, e cujo espaço serve para realização de romarias ao santo.
As Inquirições também conferem um estatuto real, como aconteceu no reinado de D. Afonso III, em inquirir os direitos e bens pertencentes à Coroa. Estes mesmos direitos foram confirmados pelo rei D. Afonso IV, que tinha os direitos de Cardielos, do qual era titular do senhorio de Cardielos, Rui Vasques de Azevedo, senhor da Casa do Couto de Azevedo.
Para finalizar a descrição, o nome de Cardielos provém da abundância antiga na localidade do "cardo", num apontamento simples sobre a flora e fauna da zona, remontando a um período anterior da presença humana.
Situada na margem direita do rio Lima confrontando com as suas margens, o que possibilita um terreno muito pouco acidentado, contribuindo para terras agrícolas férteis e encantadoras paisagens.
Esta situação favorável leva a crer que a região de Serreleis teve os seus primeiros habitantes nos milénios anterior à Era de Cristo, com o desenvolvimento da chamada cultura castreja do noroeste Peninsular.
Segundo um arqueólogo B. de Almeida, a pequena comunidade castreja fixou-se precisamente no lugar onde atualmente se situa a Igreja de São Pedro, não sendo possível a existência atual de vestígios habitacionais.
Em contrapartida não só foram encontrados pequenos fragmentos cerâmicos castrejos, como vestígios da época romana com implicações de que por ali passou o Império Romano.
Entretanto entra-se na época medieval, em que os documentos desta época, nomeadamente as Inquirições Paroquiais, confirmam a existência da freguesia no século XIII.
Com a reorganização administrativa de 2013, as duas freguesias juntaram-se numa única denominada de União de Freguesias de Cardielos e Serreleis.
Este ponto está situado na localidade Outeiros, na freguesia Cardielos e Serreleis.
(Distância: 692 m W)
Segundo as Inquirições em 1258 das listas das igrejas situadas nos territórios Entre o Lima e o Minho, a de Santiago Maior de Cardielos é indicada como pertencente ao Bispado de Tui. Em 1977 começa a fazer parte da Comarca de Viana do Castelo.
(Distância: 1 km NW)
(Distância: 1 km NW)
A Capela de São Silvestre surgiu de uma tradição secular a este santo que definiu o seu local e igualmente presidiu à construção do templo. Atualmente é um santuário que atrai milhares de romeiros, com os seus animais pois é atribuída ao santo a sua proteção.
(Distância: 2 km W)
A Igreja Paroquial, dedicada a São Pedro, teve a sua construção na segunda metade do século XVIII. Destaca-se a fachada com a porta ladeada por pilastras e sobreposta de um frontão com volutas ladeadas por dois nichos lateralmente e um óculo oval que recorta parcialmente o tímpano.
(Distância: 2 km W)
Um coreto, situado junto da Igreja Matriz, que é o local tradicional para convívios, festas e espetáculos. Tem uma construção em cimento que apresenta uma planta hexagonal. É formado por uma base para o palco, em que se elevam seis colunas para a base da cobertura.
(Distância: 2 km NE)
Não há muito para contar da história da Freguesia da Torre, uma localidade que permite recuar no tempo e que garante a partir do século IX a relevância necessária que um Mosteiro pode oferecer à sua população, ao ponto desta localidade consistir num padroado real.
(Distância: 2 km NE)
A Igreja de São Salvador, tanto no edifício como no nome, provém do mosteiro beneditino que ali em tempos existiu, o Mosteiro de São Salvador da Torre, fundado pelo Conde D. Paio Bermudes, remontando aos finais do século IX. Entrou para a Diocese de Viana do Castelo em 1977.
(Distância: 2 km SE)
Inserida num ambiente rural e no topo de um pequeno morro, a Capela de São João tem acesso por uma grande escadaria de quatro troços. A fachada é antecedida por um alpendre sobre colunas, onde se destaca o púlpito junto da entrada para missas campais.
(Distância: 2 km N)
Esta igreja românica é o que resta de um conjunto conventual do mosteiro masculino de São Cláudio, sendo esta a primeira construção de São Martinho de Dume, realizada no século VI e com obras de reconstrução no século XII e de melhoramentos no século seguinte. É monumento nacional desde 1910.
(Distância: 2 km NE)
Uma capela de enquadramento rural e isolada, desenvolve-se longitudinalmente com a fachada principal orientada a sul e com uma planta retangular, constituída por nave e capela-mor. Destaca-se na fachada principal o tímpano terminado com a cruz, ladeado por pináculos e a sineira à esquerda.