Uma mesa e três bancos de pedra, uma simbologia pública em que esta história tem verdadeiramente contornos que perpetuaram a vida de três freguesias, e fizeram da Vila de Punhe um centro de atenções para quem a visita.
O cidadão comum tem a ideia dos padres no papel de apaziguadores e que, até há pouco tempo, os confrontos entre vizinhos por pedaços de terra, eram enormes, por vezes catastróficos para ambos os lados.
Reza a história da qual a Vila de Punhe é o cenário principal que, no início do século XVII, por iniciativa de três Abades, párocos de Punhe, Mujães e Barroselas, para assinalar o fim das discórdias em relação aos limites das respetivas freguesias, reuniam-se numa mesa.
Os Párocos teriam decidido sinalizar os respetivos limites das freguesias, não por marcos de pedra, como o habitual, mas sim por intermédio de uma mesa e três bancos de pedra que identificam simbolicamente cada freguesia. Estando a mesa localizada no ponto exato de encontro das três freguesias, Mujães a norte, Barroselas a sul e Vila de Punhe a oeste, no dia a seguir à Páscoa os abades sentavam-se cada um no banco no lado da respetiva freguesia.
Há quem garante que, desde o acontecimento, os Párocos continuaram a reunir-se, desta feita para confraternizar, neste local e tendo como cenário a mesa e os três bancos.
Este ponto está situado na localidade Neves, Vila de Punhe, na freguesia Vila de Punhe.
A Mesa originalmente foi colocada no ponto exato da junção das freguesias. Por motivo da construção da estrada, teve que ser deslocada para o local atual, junto do prédio.
(Distância: 18 m NE)
A Capela de Nossa Senhoras das Neves situa-se no limite da Vila de Neves e no limite sul da vizinha freguesia de Mujães, embora ainda na zona urbana de Vila de Punhe. Destaca-se a fachada com a torre sineira sobre a porta principal encimada por um janelão de moldura reta com um varadim de guarda de ferro.
(Distância: 48 m NW)
Este Cruzeiro é uma homenagem aos duzentos anos em que, com uma edificação do ano de 1817, viria a relacionar-se com as Invasões Francesas. A honra dos locatários da Vila de Punhe permitiu uma cobertura com um gradeamento à volta.
(Distância: 126 m NW)
De nome Largo da Senhora das Neves, é o largo principal da Vila de Punhe, onde se concentram a Capela da Senhora das Neves, o Cruzeiro do Senhor da Saúde, a Mesa dos Três Abades, o comércio, a restauração, o ponto de encontro, sendo por isso este Largo o verdadeiro Rossio ou centro.
(Distância: 571 m W)
Vila de Punhe tem uma antiguidade que remonta à Idade de Bronze que se compreende entre os 1000 e 450 anos a.C., segundo vestígios arqueológicos. Inicia a época Medieval e a Villa de Punia é referenciada documentalmente pela primeira vez no século XIII.
(Distância: 892 m NE)
A Igreja Paroquial de Mujães pertence, segundo indicações documentais, ao século XVIII, no entanto as primeiras referências paroquiais surgem em 1220. Nas Inquirições de D. Afonso II Mujães enquadra-se na Terra de Neiva com a designação de Sancta Maria Muzaes.
(Distância: 911 m NE)
Mujães, no Latim, era denominada de Mugianis com derivação da palavra Mundilanis, na expressão germânica "Mundila + anis", que tem um sentido de que é uma Vila de Mundila. Aqui existe o lugar do Paço, entendendo-se de que se tratava de um Palácio ocupado por um Senhor da Vila, onde também deve ter existido uma vila rústica romana.
(Distância: 1 km NW)
A Igreja de Santa Eulália tem uma data de edificação de 1770, no entanto nas Inquirições Paroquiais de 1220 e 1258 era referida a existência de Santa Eulália de Punia ou de Vila de Pugna. Em 1977 entra em definitivo para a Diocese de Viana do Castelo.
(Distância: 2 km E)
O nome de Barroselas e a sua freguesia como território são muito recentes, do século XX, mas Barroselas remonta para um período anterior à Nacionalidade. Carvoeiro tem figuras rupestres e um povoado da era do ferro, sinais do tempo pré-histórico.
(Distância: 2 km E)
Situada no centro de Barroselas, a Capela de São Sebastião tem a sua edificação no ano de 1582, sendo por isso considerada como a mais antiga da localidade. Destaca-se a fachada aberta pela porta encimada por um janelão, ambos em arco abatido.
(Distância: 2 km SW)
Só em 1450 foi acordado com os monges beneditinos a construção de uma nova igreja. Esta foi substituída em 1937 pela igreja atual, cuja construção demorou 10 anos. Salienta-se a torre sineira quadrada, sendo a base formada por arcos e uma janela.