Mesmo com as Inquirições Paroquiais atestar a Igreja Matriz de Alvarães, o facto é que Alvarães não possuía qualquer templo religioso, servindo-se da Igreja do Mosteiro Beneditino de São Romão do Neiva, uma construção do românico.
Durante muito tempo a situação se manteve assim até 1450, ano em que os paroquianos de Alvarães acordaram com os monges numa construção de um templo na localidade, pois estes teriam que se deslocar numa distância considerável e com acessos bastantes difíceis.
Só em 1524 Alvarães, como a formar o seu rumo, o rei D. Manuel I eleva a localidade a freguesia anexando-lhes São João de Freixo e Santa Maria de Ardegão, com o privilégio de os curas destas igrejas serem nomeados pelos reitores de Alvarães.
Esta situação das nomeações manteve-se até 1831, apresentado pela Mitra. Entretanto um novo templo religioso foi mandado edificar, decorria o ano de 1927, cuja finalização se deu em 1937, vindo assim a substituir a igreja antiga, ficando como padroeiro o Arcanjo São Miguel.
Desenvolve-se longitudinalmente, com uma planta retangular formada por nave e capela-mor. Adossada a esta nas fachadas sul e norte, duas capelas no plano da nave com a capela-mor.
No lado esquerdo, a torre sineira quadrada de três pisos, com o inferior formado com arcos e uma janela, o segundo por uma janela lobolada e o terceiro com as aberturas em arcos de volta perfeita que albergam os sinos.
A fachada curvilínea é forrada a azulejos, delimitada por pilastras em cunhais, dividindo em três panos, todos eles com remate em pináculos de vasos.
Os panos laterais apresentam duas janelas loboladas, com o pano central a apresentar o rasgo do portal principal em moldura reta encimado por um janelão retangular e em arco de volta perfeita, para iluminação da nave e com uma varanda e respetiva guarda em pedra. É encimado por um nicho com a imagem de São Miguel de Arcanjo.
No interior do templo a nave termina no coro-alto, totalmente em madeira, com o acesso feito por uma pequena escadaria à esquerda. O teto é forrado igualmente em madeira, em caixotões.
O arco triunfal que acessa à capela-mor é ladeado por dois altares laterais em dourado, que albergam duas imagens. Antecedem-lhes nos dois lados duas capelas e dois altares, sendo estes em talha dourada.
A Capela-Mor tem o teto forrado a madeira e o retábulo todo em dourado.
O templo está delimitado por um pequeno murete para separação da estrada.
Este ponto está situado na localidade Igreja, Alvarães, na freguesia Alvarães.
(Distância: 179 m W)
Este cruzeiro é uma substituição do antigo e edificado em 1937. Assente sobre quatro degraus, o plinto é dividido em duas partes, sendo a primeira canelada e a segunda lisa, terminando numa cruz com Cristo Crucificado, sobre o capitel.
(Distância: 187 m SW)
O território de Alvarães correspondia a uma Villa Romana cujo proprietário era um senhor romano chamado Álvaro. O Lugar do Paço é a prova de que aqui existiu uma Villa Romana. Quanto ao nome, pode ter origem na derivação do germânico Álvaro ou Alvarus.
(Distância: 1 km N)
A Igreja de Santa Eulália tem uma data de edificação de 1770, no entanto nas Inquirições Paroquiais de 1220 e 1258 era referida a existência de Santa Eulália de Punia ou de Vila de Pugna. Em 1977 entra em definitivo para a Diocese de Viana do Castelo.
(Distância: 2 km NE)
Vila de Punhe tem uma antiguidade que remonta à Idade de Bronze que se compreende entre os 1000 e 450 anos a.C., segundo vestígios arqueológicos. Inicia a época Medieval e a Villa de Punia é referenciada documentalmente pela primeira vez no século XIII.
(Distância: 2 km NE)
De nome Largo da Senhora das Neves, é o largo principal da Vila de Punhe, onde se concentram a Capela da Senhora das Neves, o Cruzeiro do Senhor da Saúde, a Mesa dos Três Abades, o comércio, a restauração, o ponto de encontro, sendo por isso este Largo o verdadeiro Rossio ou centro.
(Distância: 2 km NE)
Este Cruzeiro é uma homenagem aos duzentos anos em que, com uma edificação do ano de 1817, viria a relacionar-se com as Invasões Francesas. A honra dos locatários da Vila de Punhe permitiu uma cobertura com um gradeamento à volta.
(Distância: 2 km NE)
No início do século XVII, por iniciativa de três Abades, párocos de Punhe, Mujães e Barroselas, para assinalar o fim das discórdias em relação aos limites das freguesias, reuniam-se nesta mesa, cada um sentado no lado da respetiva freguesia, tradição que atualmente ainda se mantém.
(Distância: 2 km NE)
A Capela de Nossa Senhoras das Neves situa-se no limite da Vila de Neves e no limite sul da vizinha freguesia de Mujães, embora ainda na zona urbana de Vila de Punhe. Destaca-se a fachada com a torre sineira sobre a porta principal encimada por um janelão de moldura reta com um varadim de guarda de ferro.
(Distância: 2 km NW)
Vila Fria tem a sua primeira referência documental no século XII, denominada Vilia Frígida. No entanto a presença humana neste território recua ao tempo da Idade do Ferro, e o Castro de Sabariz é o testemunho da Pré-história que remonta ao século VIII a.C. Foi posteriormente ocupada pelos romanos.
(Distância: 2 km NW)
Nas Inquirições Afonsinas a igreja tinha a denominação de São Martinho de Vila Fria e localizava-se nas Terras de Neiva. Nas Inquirições de D. Dinis, no século XIII, o território tinha-se elevado para freguesia e passou a pertencer à Diocese de Viana do Castelo em 1977.