Provavelmente datado do final de 4000, início de 3000 a.C., este conjunto megalítico com 55 menires com alturas entre 1,2m e 1,5m tem no centro um menir com cerca de 4m de altura e cerca de 7 toneladas de peso.
Este apresenta covas na sua superfície e, na sua reconstrução em 1969, supôs-se serem marcas da disposição original sendo então esta ideia tomada como base. Esta reconstrução, efetuada pelo arqueólogo Dr. José Pires Gonçalves, foi necessário por os menires estarem dispersos devido a trabalhos agrícolas.
Muitos dos menires estão fraturados, vendo-se apenas a parte superior. Observou-se que têm caraterísticas diferentes, entendendo-se com isso que pretendiam também representar personalidades diferentes. Um deles mostra um báculo, símbolo do poder, representando o chefe ou líder.
Devido ao nível atingido pela albufeira do Alqueva, o cromeleque teve que ser transportado da Herdade de Xerês de Baixo, onde foi originalmente encontrado e reconstruído, para um plano superior afastado do original, onde se encontra atualmente, próximo do Convento da Orada.
Sem dúvida, um dos mais interessantes exemplares do megalitismo em Portugal.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Este conjunto situa-se a 850 metros a leste de Telheiro e a 270 metros a sul do Convento de Orada.