A dualidade entre a denominação de Prado e Cávado, tendenciosamente a cair para a segunda opção, torna-se não só numa estrutura de uma importante via como também dá ao seguimento de uma possível estrutura do período romano.
Vista do lado sul do rio, concelho de Braga
Nas muitas vias deixadas pelo Império Romano, esta ponte de Prado, devido à importância que tinha com os territórios do noroeste, acaba igualmente por desempenhar uma função importante na Idade Media, sendo contudo utilizadas na passagem de mercadorias e pessoas.
Vista do lado norte do rio, concelho de Vila Verde
Com esta nova realidade, a ponte foi objeto da sua primeira campanha de obras e, continuando na única importante rota de ligação entre o norte e o sul, esta mesma ponte viria a sofrer novamente campanhas de obras de reparação e até mesmo de reconstrução. Assim aconteceu no início do século XVI, quando a mesma, já com caraterísticas medievais, é destruída com as cheias do Cávado.
Na fragilidade que a ponte indicava ao ponto de ruir, houve a necessidade de, no início do século seguinte, ser realizada uma nova e importante reforma que nos privilegiou até hoje. Esta renovação, no entanto, implicou com o desaparecimento de qualquer vestígio medieval mas, por outro lado, a renovação privilegiou condições favoráveis e modernas para a travessia das mercadorias e de pessoas.
Na verdade, nesta última campanha de reconstrução, tornou-se imperativa a memória dos que estiveram empenhados na reconstrução, com a contemplação das armas reais filipinas e dos Condes do Prado, no único miradouro cenográfico existente a meio da ponte, no sentido norte/sul.
Desta estrutura seiscentista resultam vestígios de uma obra medieval e quinhentista, através dos seus nove arcos desiguais, entre os de arco de volta perfeita e os de arco quebrado. Estes, reforçados com talha-mares triangulares, sustentam um tabuleiro de duas rampas horizontais, intermediado por um miradouro com armas dos financiadores.
A ponte sobre o rio Cávado ou do Prado, com as suas diferenças de épocas, entrou em 1910 para a lista dos Monumentos Nacionais.