A existência deste edifício é sinónimo de algo importante que contribuiu para a história e desenvolvimento de Portugal. Atualmente sem grande significado, acabando por entrar no campo do esquecimento, este edifício que se encontra à face da estrada teve a sua razão para tal existência.
Simboliza basicamente a transição das comunicações, seguidas dos transportes em Portugal, que até então eram feitas a pé ou a cavalo. Este edifício, que surgiu durante o século XIX, como tantos outros, tinha por finalidade a mudança de cavalos que puxavam as diligências que transportavam a correspondência e encomendas, fazendo também em simultâneo o transporte de passageiros.
Assim se chamavam de Estações da Mala-Posta, que se situavam à face da estrada. Ali as paragens eram obrigatórias, justamente para mudanças de cavalos, para descanso dos passageiros e para deixar ou receber correspondência. Esta estação pertence à ligação que se fazia entre Lisboa e Porto.
Esta estação do Curval, como todas as outras existentes em Portugal, seguia uma planta que se desenvolvia em U, em que a parte central está mais recuada que as laterais. Na utilização destes edifícios, os corpos laterais eram destinados à cozinha e tratador à esquerda e à direita albergava o palheiro e arrumos para os arreios. Sobrava a parte central e o corpo mais alongado para a cavalariça.
Edifício simples, com as janelas das laterais em arco de volta perfeita, que se repetem nos vãos das fachadas abertas para o corpo central. Este é formado por uma porta ladeada por duas janelas semicirculares.
Esta estação do Curval, situada a poucos quilómetros de Oliveira de Azemeis, só viria a fazer parte, entre 1855 e 1864, do percurso que foi destinado para a Mala-Posta realizar entre Lisboa e Porto. Até à data o percurso era feito até Coimbra, ligando esta cidade a Lisboa, o que se realizou entre os anos de 1798 e 1804.
Só em 1993 esta estação entrou para os Imóveis de Interesse Público.