A estátua da Inês Negra, que se encontra logo a seguir a uma das portas da fortaleza de Melgaço no sentido do Convento de Carvalhiças e da Capela de Pastoríza, é o símbolo de uma lenda que se vincula à história. Deve-se em parte à posição geográfica com a nossa vizinha Espanha e basicamente pelo meio rural em que se vivia. Um meio em que tudo, histórias e lendas, se permaneciam cada vez mais fortes à medida que o tempo passava.
Esta é uma das muitas lendas que perdurou até hoje, e que o município de Melgaço prestigiou com uma estátua, uma figura minhota e popular da região de Melgaço. Esta personagem está associada à vitória dos portugueses sobre os castelhanos, nas campanhas de D. João I, o Mestre de Avis.
Nos finais do século XIV Portugal e Castela entraram em confronto devido ao problema sucessório ao trono português, e com Castela a aproveitar-se devido à Rainha ser de origem Portuguesa. Os confrontos sucediam-se mas Portugal tinha o Mestre de Avis, D. João I, que repudiava todos os ataques de Castela.
Nestas bem sucedidas vitórias quis recuperar Melgaço, mesmo que não fosse só por uma questão de honra. Assim pensou e assim fez, só que a resistência por parte dos castelhanos foi tão forte que não era a vitória de um dos exércitos que resolveria a questão, mas que acabaria por ser resolvido entre duas mulheres inimigas, mas ambas filhas da terra.
Assim entrou a heroína desta história, a Inês Negra de um lado e a Arrenegada, a traidora de Portugal e do seu povo, do outro. Como o conflito se estava a alongar, a Arrenegada propôs com autorização do Chefe Castelhano que a batalha fosse resolvida entre ela e a Inês, o que foi aceite.
El-Rei denotou um certo ódio por parte de Inês, tendo verificado que nem hesitou em aceitar o desafio, e deu ordens para disponibilizar tudo que a Inês precisasse. Arrenegada saiu do castelo e encontraram-se no centro do terreiro.
A batalha é intensa e entre golpes dados por uma e dados por outra, a Inês deixa cair a sua espada e pega numa forquilha, enquanto a adversária também larga a sua espada, pegando num pau que divide em dois, continuando a trocar golpes.
Possivelmente a forquilha não era uma arma apropriada, e Inês largou tudo que tinha na mão e atirou-se à adversária com unhas e dentes, arranhando, rebolando, mordendo, tudo valia, até que um grito lancinante se ouviu de repente, ficando os espetadores na expetativa de quem teria vencido.
Qual o espanto que Inês sentou-se altiva, cheia de mazelas, roupa rasgada, fazendo explodir de alegria a população de júbilo, sinal de que Inês tinha ganho, e a Arrenegada não teve outra solução senão fugir. Com ela, os castelhanos deixaram o castelo conforme o estabelecido.
El-Rei quis recompensar Inês, tendo esta recusado dizendo que já tinha a recompensa com a derrota da adversária e com a bandeira hasteada no Castelo, o que a deixou orgulhosamente feliz.
Este ponto está situado na localidade Melgaço, na freguesia Vila e Roussas.
(Distância: 92 m SE)
Albergando anteriormente a Câmara Municipal e a Cadeia, este edifício do século XVII, Solar do Alvarinho ou Edifício dos Três Arcos, foi recuperado em 1997 para servir de base à prova e venda dos vinhos, para todos aqueles que visitem Melgaço.
(Distância: 104 m SE)
(Distância: 104 m E)
A sua construção data de 1170, a mando de D. Afonso Henriques, e o primeiro documento a referir a povoação foi a Carta de Foral em 1183, do mesmo rei.
(Distância: 140 m SE)
A Igreja de Santa Maria do Campo foi entregue à Misericórdia, nos finais do século XVI, pelo Arcebispo de Braga de então, Frei de Bartolomeu de Mártires. A instituição conseguiu sobreviver apesar da falta de recursos financeiros no século XVII.
(Distância: 143 m SE)
Duas bem preservadas arcas tumulares, situadas no adro da Igreja da Misericórdia de Melgaço, situadas num tempo cronológico compreendido entre os séculos XII e XV, da Baixa Idade Média.
(Distância: 144 m E)
A igreja é datada do século XII, pertencendo assim à época românica. Da sua primitiva traça já pouco resta, devendo-se às muitas remodelações que a igreja sofreu ao longo dos tempos.
(Distância: 172 m E)
Estas ruínas arqueológicas foram descobertas há poucos anos, aquando das obras de reestruturação desta praça. Este troço defensivo da Vila remete-nos aos séculos entre o XIII e o XVII.
(Distância: 223 m SE)
Câmara Municipal de Melgaço - Largo Hermenegildo Solheiro, 4960-551 Melgaço
(Distância: 231 m NW)
No decorrer do século XVIII é edificado o Convento de Nossa Senhora da Conceição, não sendo concluído na totalidade, mas já com as condições suficientes para a utilização das instalações por parte dos frades, inclusivamente a igreja.
(Distância: 255 m E)
A Fonte de São João encontra-se na Praça da República desde o início do século passado, após uma transladação de outro lugar denominado de Assadura onde tinha sido construída no século XVIII. Num nicho no topo São João Batista batiza Jesus Cristo.