Acredita-se que a história de Cacia vai muito para lá da primeira referência sobre a localidade de Cacia que se deu em 1106, inclusivamente a sua toponímia tenha origem nessa antiguidade.
Um especialista em toponímia, o aveirense Manuel de Carvalho expõe duas condições que poderão levar o nome de Cacia, sendo que uma delas poderá ser de origem étnica, lembrando a existência na Europa de vários etnónimos. Cita-se Júlio César, que afirma que uma das tribos que encontrou quando atravessou o Tamisa, era designada precisamente por cassi.
Na segunda versão do mesmo especialista, o topónimo pode remontar à época pré-romana na relação com um carvalho que, como se sabe, é a árvore sagrada dos celtas, designada por cassano em Gaulês, casse em Occitânico e cassou na linguagem dos pirenaicos.
Com as maiores incertezas quanto aos primeiros habitantes residentes na região, não obstante que poderiam ser oriundos de uma tribo de povos vetões conhecidos por transcodanos, ou seja, vindos das Terras do Além-Coa, que, depois do desaparecimento dos lagos do planalto ibérico, se deslocaram para o ocidente.
Entretanto seguiram-se uns povos como os túrdulos, provenientes da Béltica, e os célticos, em que ambos os povos viviam junto ao Guadiana, empreenderam uma expedição até ao litoral noroeste da Península, até à passagem do rio Lima. Aqui, os dois povos desentenderam-se e em consequência separam-se, tendo os célticos seguido para norte e os túrdulos seguido para a região sul do Douro.
Seguiram-se os romanos e, com a ocupação destes na Península, deram um novo impulso à península de Cacia, devido à existência de marinhas de sal e consequentemente o comércio de sal, também aproveitadas pelos povos antigos anteriores aos romanos.
Apesar de Cacia gozar de um privilégio geográfico, a verdade é que desses tempos da antiguidade pouco ou nada resta porque a subida do mar e as erosões verificadas com o decorrer dos tempos implicaram igualmente o abandono por parte dos povos.
Este ponto está situado na localidade Cacia, na freguesia Cacia.
(Distância: 123 m SE)
Situada no centro de Cacia, é uma construção de 1720. Sofreu modificações e melhoramentos ao longo do tempo, mantendo-se do original a porta e uma pia de água benta. A fachada é forrada a azulejos de 1929 e sobre a porta está a imagem da Trindade, uma imagem do século XVII.
(Distância: 602 m N)
O destaque da Igreja Paroquial de São Julião vai para a torre sineira com a cobertura em oval e a fachada principal com remate em frontão angular com a cruz latina ao centro e ladeada por pináculos. Tem no interior esculturas medievais de calcário, como a Virgem e o Menino, e as imagens dos mártires São Sebastião e Santa Catarina, do século XV.
(Distância: 3 km E)
Um Parque verde muito arborizado e relvado com muitas sombras, ideal para passeios, descanso, jogos e muito mais.
(Distância: 3 km E)
A Capela de S. Sebastião, do século XVII, mostra a porta principal de verga reta sobreposta por um nicho e ladeada de duas janelas retangulares gradeadas.
(Distância: 3 km SE)
Capela ou Ermida do Cabecinho, dedicada a Nossa Senhora das Neves.
(Distância: 3 km E)
A Igreja Matriz de Nossa Senhora das Neves é uma construção de três naves, tendo sido reedificada no século XVII. Sofreu novas alterações nos séculos XIX e XX.
(Distância: 3 km E)
O Pelourinho de Angeja representa o foral recebido de D. Manuel I em 1514. Mostra na base a data de 1902, data da restauração do pelourinho.
(Distância: 4 km E)
O Cruzeiro da Rua do Costa, uma construção do século XVII, é um cruzeiro de fuste cilíndrico e capitel jónico terminado numa cruz latina simples.
(Distância: 4 km E)
A Capela do Espírito Santo, segundo inscrição por cima da porta principal, foi feita em 1616, arruinada em 1806 e reedificada de 1864 a 1867.
(Distância: 4 km SE)
A Pateira de Frossos, estando inserida no sistema lagunar da Ria de Aveiro, é um local de biodiversidade. Podemos observar as aves (birdwatching) e a vegetação num contacto com a natureza.