É dos poucos solares em Portugal em que a sua arquitetura está ligada diretamente à história da família, contrariando um pouco as estatísticas deste tipo de edifícios.
A história arquitetónica/familiar tem o seu começo com a Srª viúva Inês Pinto que, em 1566, mandou construir a torre, seguindo os modelos que então estavam em voga, que se baseavam em casa-torre.
Esta mesma senhora, com dois filhos, instituiu dois vínculos aos filhos, o que provocou a separação dos terrenos e consequentemente das casas de habitação.
Os descendentes destes dois irmãos acabaram por fazer o resto quando, no século XVIII, os do vínculo poente da casa resolveram edificar um solar junto à torre.
Esta atitude não demoraria a ter uma resposta dos descendentes do vínculo nascente, que também edificaram não um mas dois solares barrocos independentes. Estes eram unidos pela torre, que assim se manteve no centro das duas edificações.
Esta desunião familiar acabaria em 1792 com a realização de um casamento familiar, acabando por isso as divergências e igualmente a divisão habitacional.
Como tal, o Solar de Bertiandos, formado por uma torre quinhentista e pelas duas partes laterais pertencente ao período barroco, constitui uma verdadeira sobriedade e uma harmonia entre as diferenças arquitetónicas. Tem especial relevância a escadaria central, que serve de entrada principal. O corpo a nascente, com as duas torres, está localizada como sendo a parte central.
Este monumento está inserido na Rota do Barroco, do Portal de Arcos de Valdevez, na organização Viagem no Tempo, Alto Minho 4D.
O Solar de Bertiandos está classificado como Imóvel de Interesse Público
O Solar está situado a sul da povoação de Linhares, junto da estrada N202.
