Nunca um rio português teve uma etimologia tão interessante como o Guadiana, acabando por ser os nossos vizinhos espanhóis a introduzirem o nome pelo qual é hoje conhecido.
De um interessante nome de Anas (dos patos), assim denominado pelos romanos, ao nome que os mouros juntaram, na ocupação deste território, de Uádi (com o significado em árabe de rio) ficando a ser conhecido por Uádi Ana, que declinou para português como Ouadiana e ficando mais tarde Odiana.
Só no século XVI, e por influência espanhola, foi introduzido o "Gua", por cognata de outros nomes árabes dados a cidades espanholas como Guadalquivir, Guadalajara ou Guadalete, e o rio com nascença em Espanha ficou de Guadiana.
É um rio que nasce na Espanha, a mil e setecentos metros de altitude, na província espanhola de Ciudad Real, mais concretamente nas lagoas de Ruidera, e que vai desaguar no Oceano Atlântico entre a cidade portuguesa de Vila Real de Santo António e a espanhola de Ayamonte. Apresenta-se como o quarto mais longo da Península Ibérica, com um curso total de 830 km e com uma bacia hidrográfica de 66.800 km quadrados que maioritariamente está situada em Espanha.
É já no território português que se constituiu o maior lago artificial da Europa com a barragem de Alqueva, e também permite a navegação deste a foz até sessenta e oito quilómetros, até à cidade de Mértola.
Este ponto está situado na localidade Alcoutim