A grandiosidade do Mosteiro de São Martinho de Tibães não se refere só ao edifício mas a toda a zona circundante. Remonta ao período anterior à Nacionalidade ao ser fundado na segunda metade do século XI. Recebeu em 1110 a Carta do Couto das mãos de D. Henrique e da sua mulher Dona Teresa, os pais do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.
O seu poderio patrimonial começou logo no decorrer da Baixa Idade Média, ao ponto de ser necessária uma campanha de obras de ampliação do mosteiro entre 1530 e 1550, pela mão do então abade Comendatário D. António de Sá.
Estas obras acabaram por serem úteis, dando uma continuidade de prestígio que o mosteiro atingiu, tendo sido em 1567 transformado na escola-mãe da Congregação de São Bento em Portugal e Brasil.
Todavia, quanto maior foi a expansão mais depressa foi a queda. Devido à decadência das antigas instalações e aos meios atribuídos pela Congregação, foi possível uma verdadeira campanha de obras cujos resultados duram até agora.
As obras começaram pela igreja ao ser erguida no local do antigo templo românico, seguindo a reorganização do claustro do refeitório e, finalmente, a construção do claustro do cemitério. As restantes obras, como as alas conventuais que incluíam a portaria, recibo, dormitório, hospedaria, sala do capítulo e livraria, acabariam por terminar até ao ano de 1700.
Nestas obras que se realizaram entre 1628 e 1661, a igreja tornou-se num dos templos mais grandiosos do País e num dos maiores marcos da arte barroca. Chegou ao ponto de o estaleiro do mosteiro servir de escola de aprendizagem da arte em questão ao mestres, escultores e demais imaginários de todo o norte do País.
Após o terrível ano de 1864 para as Ordens Religiosas, o mosteiro acabou por ser vendido tal como toda a sua área circundante de quarenta hectares, tendo a parte agrícola servido para esse fim e o templo religioso com os claustros servido para a Igreja Paroquial.
Em 1894 o restante conjunto conventual acabou por sofrer um incêndio ao ponto de, no século XX, o edifício atingir um estado de abandono e alastrando-se à ruína. Em 1986 passou a pertencer ao Estado.
Desde então, o conjunto conventual tem sido progressivamente recuperado, ao ponto de refundar uma Comunidade Religiosa, criar um museu e, o mais importante, um centro de informação sobre as Ordens Monásticas, tendo em conta a importância e grandiosidade do mosteiro na rota Beneditina em Portugal.
A classificação de Imóvel de Interesse Público considera o conjunto conventual e toda a área circundante. Atualmente está em estudo a reclassificação para Monumento Nacional.
Este ponto está situado na localidade Mire de Tibães, na freguesia Mire de Tibães.
(Distância: 173 m N)
O Cruzeiro está situado à entrada do Largo do Mosteiro, desconhecendo-se por completo a verdadeira data da sua edificação.
(Distância: 3 km E)
A Capela São Salvador ou São Frutuoso de Montélios, é dos templos religiosos de Portugal mais incontornáveis da Alta Idade Média. Muito antes da Nacionalidade se formar, a edificação desta capela remonta ao século VII.
(Distância: 4 km E)
Este edifício, mandado edificar para servir de residência da Família, foi considerado na época como o mais significativo das construções extra-muros da cidade de Braga.
(Distância: 4 km E)
Fonte maneirista do século XVI, no centro do jardim no Campo das Hortas, foi mandada edificar em 1594 pelo Arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus.
(Distância: 4 km E)
Palácio aristocrático datado do século XVI, com os seus grandes salões, terraços, jardins, mostra a sua verdadeira imponência.
(Distância: 4 km E)
Desde o século III que Braga é rodeada por uma cerca, delineada por uma planta poligonal. Parte desta cerca viria a ser utilizada no século XI para o perímetro urbano correspondente a norte.
(Distância: 4 km E)
O Arco da Porta Nova é a porta de entrada na cidade de Braga. Foi aberta em 1512, no tempo de Arcebispo D. Diogo de Sousa.
(Distância: 4 km E)
Também é conhecido como Cruzeiro do Campo das Hortas, devido ao local onde esteve originalmente antes da sua deslocação até à sua posição atual, o Largo das Carvalheiras.
(Distância: 4 km E)
O conjunto Conventual do Pópulo foi construído em parte por capricho do Arcebispo Frei Agostinho de Jesus que pretendia ter uma sepultura num local que achasse condigno.
(Distância: 4 km E)
O edifício que serviu de residência da Família Maciéis Aranhas foi um dos poucos sobreviventes no desenvolvimento deste Campo da Vinha, atualmente denominado de Praça do Conde de Agrolongo.