Duas torres e um pequeno troço de pano da muralha que resistiu ao tempo, são os únicos vestígios da existência de uma cerca da vila de Ponte de Lima.
Nunca é demais afirmar a importância que a vila teve desde a época romana, situando-se no cruzamento de caminhos que seguiam os pontos cardeais, transformando esta na capital do Alto Minho até ao século XV.
Perante esta situação, é a partir do século XIV que, segundo fontes seguras, é dada a edificação da cerca, contrariando assim qualquer hipótese de uma anterior muralha dado a inexistência documental.
Essencialmente a necessidade de uma cerca à localidade, seguindo o exemplo de muitas outras localidades do Reino, neste final da época medieval, não só servia para uma maior defesa como também determinou a aplicação de taxas aduaneiras como impostos sobre os bens em trânsito.
As torres de S. Paulo e da Cadeia são as únicas sobreviventes das nove que constituíam a cerca, tendo como ligação entre elas o único pano que resistiu ao tempo. Fazem parte de uma cerca com uma extensão de um quilómetro, num perímetro oval irregular.
Na tentativa de um melhor complexo defensivo, D. Manuel não só mandou proteger a ponte com ameias, como também mandou edificar a Torre da Cadeia, anexando a esta a Porta Nova e fazendo criar uma centralidade comercial na zona ribeirinha.
Nos séculos seguintes, até ao ano de 1857, a cerca e as restantes torres foram desaparecendo por diversas razões, tendo apenas restado a Torre da Cadeia, que desempenhou as suas funções até quase aos nossos dias, e a Torre de S. Paulo que defendia inicialmente a Rua do Postigo. Atualmente, se passar esta Porta Nova e virar à esquerda verá o único pano desta mesma cerca que liga as duas torres.
Este monumento está inserido na Rota dos Castelos e Fortalezas, do Portal de Valença, na organização Viagem no Tempo, Alto Minho 4D.
Este conjunto da cerca está classificado como Imóvel de Interesse Público