No término da Avenida dos Plátanos encontra-se a Igreja da Nossa Senhora da Guia, que teve origem na Confraria com o mesmo nome. O templo da Confraria, dos finais do século XVI e princípios do XVII, limitava-se a uma ermida que na altura se denominava de São Vicente Mártir.
Entretanto, o crescimento da Confraria no segundo quartel do século XVII e o estado ruinoso da ermida devido à sua proximidade com o rio, foram as razões que levaram à construção de um templo maior. Assim iniciaram a construção do novo templo com as pedras do que foi o antigo hospital dos Gafos, uma vez que este tinha sido alienado à Misericórdia e destruído devido à abertura da Rua Cardeal Saraiva.
Em 1746 viria a sofrer uma campanha de obras, da qual foi acrescentada a galilé e a casa anexa. No interior viria a sofrer uma campanha decorativa com azulejos seiscentistas, algumas talhas proto-barrocas e trabalhos de estuque e talha neoclássicos.
A Igreja da Nossa Senhora da Guia desenvolve-se numa planta longitudinal, formada por nave única e capela-mor. À direita desta foi anexada a torre sineira de planta quadrada, a sacristia e casa paroquial.
O acesso à igreja é feito por uma galilé aberta em três lados por arcos de volta perfeita. O arco principal é encimado por uma janela oval e rematado por um nicho com a imagem da Nossa Senhora da Guia, ladeada por volutas e foragéus.
A fachada é rasgada por um portal em verga reta e igualmente ladeada por volutas e foragéus. Este é ladeada por duas janelas.
O interior é composto pela nave e capela-mor revestidas por um silhar de azulejos de padrão policromado e pela capela-mor com o retábulo em talha dourada.
O conjunto da igreja, talha dourada e azulejos, estão classificados como Imóvel de Interesse Público.
A capela está situada junto da margem esquerda do rio Lima e no lado montante da ponte velha.