Situada em frente da Igreja de São João do Alporão e no caminho para o Jardim das Portas do Sol, foi construída em terreno real sendo a estrutura coroada por uma armação de barras de ferro para apoio das vasilhas de barro (cabaças), as quais deram o nome à torre.
Este nome é atribuído em memória popular aos cabeças ocas dos vereadores que decidiram erguer tão pouco apelativo maciço fortificado. Contudo, tal como as muralhas, a torre sofreu sucessivas alterações com os corpos adjacentes localizados na sua base.
Estas alterações foram sujeitas nos reinados de D. Manuel I, D. João III e também durante o reinado de Filipe II de Portugal, tudo indicando que a edificação da torre primitiva aponte para o reinado de D. Manuel I. Como torre quinhentista, apresenta uma planta quadrangular com oito janelas de onde saem goteiras ou gárgulas do tipo de canhão.
A manutenção e preservação da torre deve-se à população quando, em 1896, a defendeu perante a câmara, quando esta propôs a demolição e, para afirmar esta posição, conduziram-na para a classificação de Monumento Nacional. Decorria o ano de 1928.
(Primeira foto de Pedro Castro, restantes de Fernando Dias)