Situado na Rua 31 de Janeiro, zona privilegiada da cidade, desde do século XIII, foi edificado sob uma tipologia austera que caraterizou a construção mendicante da época na Europa.
História



Do Convento de São Francisco subsiste somente a igreja e o claustro. Nota-se a severidade dos volumes e a preponderância das linhas horizontais e retas, a falta de decoração e de elementos decorativos vegetalistas nos capitéis, influências da arquitetura cistercence para o modelo franciscano e dominicano.

Com a extinção das Ordens Religiosas em 1834, este conjunto conventual entrou nos piores dias da sua existência, com o convento a ser transformado em aquartelamento militar, a igreja passou a ser um depósito de palha, o claustro serviu de cavalariça, o coro-alto de refeitório e, finalmente, os túmulos serviram para bebedouros de cavalos. Para agravar a situação de decadência, no decorrer do século XX foi destruído por um incêndio.
Descrição
A tipologia mendicante de linha horizontal e reta é formada por três naves, sendo as laterais mais baixas, com cinco arcos quebrados de cada lado a preencher os tramos, sobre delicadas colunas capitalizadas. Possui cinco capelas absidais com abóbadas nervuradas e um coro-alto que é definido por arquivoltas que nascem de fustes curtos.






O claustro de planta quadrada é formado por arcos quebrados assentes em colunelos geminados com capitéis decorados com motivos vegetalistas e uma cobertura abobadada. O claustro tem vestígios quatrocentistas e quinhentistas expressos nos portais manuelinos.

A fachada apresenta um portal gótico com quatro arquivoltas rasgadas de dentes de serra e arcos em ferradura, bem como capitéis lavrados. A rosácea original, completamente perdida, foi recuperada já no século XXI.
Classificação
A diferenciar dos outros, a igreja e o claustro entraram em 1917 para os Monumentos Nacionais.