Na parte alta da cidade, no Largo da Santa Ana que leva o nome da ermida atualmente traduzida para capela, é uma edificação do século XVIII.
História

Há notícia de uma anterior que remonta ao século XVI, sendo esta a que recebeu provisoriamente as Freiras Franciscanas do Convento de Nossa Senhora da Esperança. Esta situação provisória deve-se ao fato das religiosas aguardarem pela conclusão do novo edifício conventual.
Este viria a substituir o antigo devido às suas dimensões reduzidas e pela sua insalubridade e por isso deixado ao abandono.
Neste sentido, em 1575 D. Sebastião autorizou a compra de casas que mais tarde foram anexadas à ermida, pois as freiras já a tinham ocupado. Contudo aqui ficaram alguns anos devido a problemas com a ordem, que se arrastaram até ao período do Filipe I, com este monarca a intervir para uma maior celeridade.
Esta decisão fez com que no início do século seguinte a igreja estivesse pronta, época em que as freiras abandonaram a Ermida de Santa Ana.
Entretanto, e já no século XVIII, a ermida sofreu uma campanha de obras, crendo-se que só a capela-mor, mais elevada que a nave, tenha elementos que constituíram a ermida quinhentista.
Descrição

A fachada é apoiada nas caraterísticas barrocas. Tendo a capela uma orientação longitudinal, formada por uma nave e capela-mor, a fachada apresenta um frontão interrompido com remates em forma de volutas ladeadas por pináculos de secção piramidal que coroa o edifício.
Ao centro o rasgo é feito pelo portal em verga reta que é encimado por um painel de azulejos azul e branco com o motivo da Apresentação da Virgem no Templo.
Esta figura ícone, na invocação da Ermida, retrata um episódio dos Evangelhos Apócrifos, em que Santa Ana e São Joaquim entregaram Maria ao Templo. O acesso ao templo é feito por uma escadaria de sete degraus.
Classificação
A importância desta capela tornou-a como Imóvel de Interesse Municipal.