A ideia veio de Espanha aquando da visita do Rei Filipe III de Espanha a Portugal e a necessidade de ser presenteado com bebidas frescas, ao qual estava habituado.
História

Perante essa necessidade a única medida de então era recorrer a neve, que no nosso caso provinha da Serra da Estrela.
A ideia ficou e o seu desenvolvimento tornou-se imprescindível para o início da fabricação de gelo, mesmo para o abastecimento de Lisboa. A Serra de Montejunto tinhas as condições necessárias, uma vez que estava situada perto de Lisboa e a uma altitude para o congelamento fácil da água.

Situada então na parte central da Serra de Montejunto, a Real Fábrica de Gelo, também conhecida como Fábrica da Neve da Serra de Montejunto, teve o seu início no princípio do século XVIII, e aqui se manteve até aos finais do século XIX. Esta edificação esteve a cargo dos Frades Dominicanos.
Descrição
A Real Fábrica é formada por três áreas funcionais, com uma primeira área de elevação e distribuição da água, com dois poços, uma casa da nora e um tanque reservatório. Uma segunda área é formada com tanques de congelação de pequenas profundidades organizados sequencialmente de modo a que a água circulasse entre estes e aqui se ficava para o congelamento. Finalizando com uma terceira área de silos de armazenamento e expedição, constituído por dois poços de armazenamento onde o gelo era compactado, uma sala onde se cortava e embalava o gelo e um último poço de armazenamento e expedição.
Para chegar a Lisboa o transporte era iniciado nos dorsos dos cavalos devido ao acidentado do terreno, passando para carroças até às barcas que estavam à espera do produto na vala do Carregado que, finalmente, o levavam para Lisboa.
A Real Fábrica de Gelo está considerada como o único complexo de gelo no País e um dos raros exemplares a nível europeu, considerando também uma das mais avançadas tecnologias da época.
Classificação
Com uma importância destas, está também contemplado como Monumento Nacional.