Dada a importância que o espaço/acontecimento histórico merece ter, é de estranhar que exista apenas uma simples placa de indicação do local. É efetivamente bastante desconfortável para quem passe por ali, pois o espaço que tanto representou historicamente não passa de uma vedação a impedir o seguimento dos condutores com separadores de cimento.
Acontece que, e imaginando a situação nos finais do século XIV, época em que se deu a batalha, o perímetro onde se enquadrou o acontecimento é de uma vastidão que atualmente abrange duas freguesias e que corresponde a duas situações diferentes da batalha. Este lado do campo que é denominado por Núcleo I tem talvez o maior significado, pois corresponde à 1ª posição que o exército português tomou, ou seja,o início da batalha de Aljubarrota.
O Segundo Núcleo situa-se no concelho de Porto de Mós, freguesia de Calvaria de Cima.
É evidente que estou a referir a conhecida Batalha de Aljubarrota, que ocorreu nos finais do século XIV, em 1385, durante o reinado de D. João I, sendo o assunto em questão a sucessão dinástica com a morte de D. Fernando I, que se tornou na maior e mais importante batalha da história de Portugal e na mais relevante batalha medieval europeia. Esta batalha foi importante para afirmação da soberania nacional tendo como ajuda os ingleses contra, claro está, os espanhóis, da qual nós os portugueses saímos vencedores.
No Tratado de Paz de Salvaterra de Magos, assinado em 1383 por D. Fernando de Portugal e D. João I de Castela, ficaria contratado o casamento deste último com D. Beatriz de Portugal, que foi celebrado pouco depois. Segundo as disposições, o filho varão que nascesse deste matrimónio seria o futuro Rei de Portugal, caso o rei D. Fernando morresse sem herdeiro varão. Aconteceu precisamente que o rei D. Fernando morreu sem descendência, ficando como regente D. Leonor Teles. Por isso o rei castelhano reclamou a coroa portuguesa, com a preparação e invasão do Reino. Assim teve origem a crise de 1383/1385, que resultaria na Batalha dos Atoleiros em 1384.
Este monumento está classificado como Monumento Nacional desde 2010
Este ponto está situado na localidade Batalha, na freguesia Batalha.
(Distância: 310 m NE)
Situada a meio do percurso entre a vila e o Campo Militar de S. Jorge, esta ponte atravessa a ribeira de Calvaria unindo o traçado que inicialmente integrou a Estrada Real de D. Maria I.
(Distância: 520 m N)
(Distância: 623 m E)
Estátua situada junto do Mosteiro da Batalha, datada de 1968.
(Distância: 626 m NE)
O Mosteiro de Santa Maria da Vitória foi mandado construir pelo D. João I, Rei de Portugal, como agradecimento à Virgem Maria pela vitória em Aljubarrota.
(Distância: 715 m E)
(Distância: 770 m E)
Numa localidade em que se tem o Mosteiro de Santa Maria da Vitoria como verdadeiro ex-libris pela sua simbologia histórica e religiosa, a Igreja da Exaltação de Santa Cruz quase que passa despercebida perante tal monumentalidade.
(Distância: 780 m E)
(Distância: 817 m E)
A instituição da Misericórdia instalou-se muito tarde na Batalha, remetendo-se somente ao ano de 1714, tendo como base um edifício do hospital já existente na vila desde 1427.
(Distância: 818 m E)
A história da vila desenvolve-se no momento em que os Portugueses ganharam a Batalha de Aljubarrota, contrariando um pouco a ideia de que a história se confunde com a construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória.
(Distância: 910 m NE)