São Manços, uma figura lendária do primeiro Bispo de Évora e um dos Apóstolos da Lusitânia, não só dá o nome à igreja como à localidade, pois tudo indica de que existiu neste lugar uma propriedade que lhe é associada e motivo de peregrinações regionais durante toda a Alta Idade Média.
Assim se manteve até a transladação das suas relíquias para Espanha até que, no século XI, dá-se conta da existência de um templo com batistério e martirium, segundo o texto conhecido como Passion de San Mancio, que curiosamente é atribuído à atual capela-mor da Igreja Matriz.
Tudo indica que esta parte é a mais antiga da igreja, que poderá remontar a um passado Alto-medieval pela sua planta quadrangular e construída com grandes silhares bem aparelhados. Para uns, inclui-se na época visigótica, para outros, uma obra moçárabe, contudo é um dos elementos mais relevantes medievais do aro de Évora.
Seguiram-se duas reformas que transformariam o templo ao que ele é atualmente, com uma primeira reforma a dar-se nos finais da Idade Média, datada de um tardo-gótico, e que se perdeu por completo na segunda reforma realizada nos finais do século XVI e princípios do séc. XVII.
Desta primeira reforma só a pia batismal, com decoração animalista, e um reutilizado capitel. A segunda e grande remodelação do templo veio a ser feita durante o período filipino, com Filipe I, sendo este a restituir os restos mortais do Santo Mártir à aldeia e que aqui ficaram até agora.
O templo religioso desenvolve-se numa planta longitudinal, em que a sua fachada é o elemento mais significante, com um alçado constituído por três arcos abatidos em cantaria orientados a norte, sul e poente, que contrasta com os registos superiores.
Este alçado dá acesso à entrada do templo por um portal de moldura reta ladeado por duas janelas quadradas igualmente por moldura reta. O alçado é encimado por uma janela quadrangular rematado por uma empena triangular e ladeada por duas torres quadrangulares, sendo a da direita a sineira e a da esquerda o relógio.
No interior é formada por uma nave única e uma pequeníssima capela-mor, com o coro-alto a servir de teto do alçado. Apresenta dois retábulos laterais em aberturas, na parede, que pertencem à segunda reforma.
De seguida temos o arco triunfal a separar a nave da capela-mor, todo ele forrado a azulejos do século XVII, e a ladear dois retábulos do século XVIII em estilo rococó. A capela-mor tem um retábulo em dourado, em que se destaca a imagem de São Manços.
Foi considerado em 1992 como Monumento Nacional.
Este ponto está situado na localidade São Manços, na freguesia São Manços e São Vicente do Pigeiro.
(Distância: 3 m NE)
Simples, com indicação do fuste ter sido substituído, eleva-se sobre um soco de três degraus, com um fuste cilíndrico e liso, e a finalizar a cruz em flor-de-liz, feito em mármore.
(Distância: 364 m NE)
São Manços apresenta-se com um dos seus elementos pertencentes à tauromaquia com "a pega", em que todos os pegadores são homenageados nesta arte de tourear.
(Distância: 6 km NE)
Cidade dos Cuncos
(Distância: 7 km W)
(Distância: 7 km NE)
Uma barragem no rio Degebe que é utilizada para rega dos terrenos em volta e para pesca, entrou em funcionamento em 1982.
(Distância: 8 km SE)
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Uma lenda ou história conta que o topónimo se baseia em herdades ou montes, todas elas ricas em cereais principalmente em trigo. Contudo o território de Monte do Trigo já constituía no século XIII como uma importantíssima e fundamental localização geográfica, em termos de rede viária e de recursos económicos.
(Distância: 8 km SE)
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Acredita-se que a Igreja Matriz de Monte do Trigo, Igreja de São Julião, remonta ao primitivo edifício da época medieval, sendo substituído por um outro do século XVI. A atual Igreja é uma edificação do século XX, desaparecendo as suas memórias históricas e cronológicas.