Muito antes da Confraria da Misericórdia começar a existir no século XVI já vigoravam em Portugal várias formas de assistência como as albergarias e outras confrarias. Arganil não fugiu à regra, com uma albergaria denominada de Nossa Senhora da Conceição e que tinha a sua sede na Igreja Matriz desta vila.
Entretanto, só em 1647 é que uma instituição da Misericórdia surgiu em Arganil, segundo a autorização dada pela Provisão Régia, na fundação desta organização.
Dedicada e em homenagem à anterior albergaria, a primeira capela da Confraria viria chamar-se de Nossa Senhora da Conceição, dando então uma continuidade de assistência à população.
Porém esta capela não passava, e segundo os estudos de Regina Anacleto, de um acanhado oratório anexo à Casa da Irmandade. Perante tal facto, houve a necessidade de aumento ou construção de outro templo.
Esta campanha de obras ou construção é desconhecida, havendo notícias de que o provedor da Misericórdia, na altura de 1755, tenha dado autorização de um novo templo desta Confraria.
O certo é que em 1558, nas Memórias Paroquiais, aludem somente à Casa, omitindo qualquer referência a outro templo religioso, levando mesmo a pensar que ainda não estaria fundado.
Sendo assim, permitiu concluir que o templo em questão começou a ser construído na segunda metade do século XVIII, em sucessivas campanhas, que conferiram um ecletismo ao edifício, dando-lhe um estilo barroco ao exterior e rococó ao interior.
Localizada no centro da vila, fazendo esquina entre as ruas da Misericórdia e Condessa das Canas, este edifício pertencente à segunda metade do século XVIII apresenta uma planta irregular e uma composição de mistura de estilos, provenientes de uma extensa campanha construtiva que se arrastou pelo século XIX.
Sob o estilo barroco, a fachada principal apresenta-se delimitada por cunhais de pilastras a rematar por um frontão contracurvado e dois pináculos. Está anexada a esta pelo lado direito a torre sineira.
O portal principal em arco abatido está ladeado por duas colunas sobrepujadas de um entablamento com elementos decorativos. A este liga-se a sacada em guarda de ferro da janela que ilumina o coro-alto. É rematado no frontão contracurvado pelo brasão de armas da Misericórdia.
O interior numa configuração rococó apresenta uma nave única com uma dicotomia na apresentação, com o retábulo-mor em talha dourada, os retábulos colaterais pintados em branco e concheados. Finalmente o restante como o coro-alto, o púlpito e finalmente a varanda do orgão, todos estas obras em talha.
A Igreja da Misericórdia está até hoje classificada como Interesse Municipal.
Este ponto está situado na localidade Arganil, na freguesia Arganil.
(Distância: 57 m NW)
O jardim no centro da vila, no Largo Conselheiro Neves e Sousa.
(Distância: 62 m W)
De uma simplicidade que o torna num dos mais bonitos, é formado por uma planta octogonal a contornar um simples gradeamento e com uma cobertura tipo chapéu.
(Distância: 86 m N)
Edificado nos anos trinta do século passado, apresenta uma planta retangular com a fachada principal orientada a nascente.
(Distância: 131 m NE)
Esta fonte é constituída por duas partes, a parte principal que faz de espaldar é edificada em granito, a segunda parte é formada por dois pequenos tanques redondos.
(Distância: 181 m NE)
A vila de Arganil recebeu o foral de D. Manuel em 1514 e consequentemente deste ato foi erguido o Pelourinho. No entanto não se sabe onde nem do original.
(Distância: 256 m N)
Tendo como Orago São Gens, nome pelo qual também é conhecida, a atual igreja é dos finais do séc. XVII, sendo a capela à esquerda do templo, conhecida como dos Fonsecas, mais antiga.
(Distância: 742 m N)
Situada à saída de Arganil, na estrada nacional 342 em sentido a Côja, à esquerda, ali se encontra este pequeno templo possivelmente perdido no espaço e no tempo.
(Distância: 2 km N)
Situada na estrada entre Arganil para Sarzedo, é uma construção da segunda metade do século XIII, a mando de Fernão Rodrigues Redondo e de sua mulher D. Marinha Afonso, donatários de Arganil e Pombeiro. Está classificada como Monumento Nacional desde o ano de 1931.
(Distância: 3 km NW)
A história de Sarzedo conta que antigamente se denominava de São João de Sarzedo. Esta era curato de apresentação do vigário da freguesia. Pertenceu à Comarca de Seia até 1839 e, a partir de 1852 à Comarca de Arganil.
(Distância: 3 km NW)
Sem outras informações, a igreja fazia registos em 1595, o que serve de base para a data da sua construção. Destaca-se a torre sineira de planta quadrada, de dois pisos separados por um friso. O portal é em arco abatido, contornado por moldura e encimado por aletas interrompido, sobrepondo-se uma janela com moldura curvilínea.