Este interessante conjunto de Passos da Paixão de Cristo no centro histórico de Ovar vem de encontro à carga cenográfica e religiosa do período barroco, permitindo a ideia de conduzir à vida eterna. À semelhança de Jerusalém, Ovar permite-se ter uma Via Sacra urbana, constituído por cinco capelas, mais uma que se inclui no interior da Igreja Matriz e uma outra de dimensões maiores.
Em Ovar a Procissão dos Passos de Cristo sempre foi de tradição, em que inicialmente era simbolizada por figuras de palha e de capelas portáteis até à construção deste no século XVIII (1747/1756). Nesta época as capelas foram edificadas isoladas, até que o crescimento da cidade as foi envolvendo na malha urbana.
Está situada no interior da Igreja Matriz, com saliência na parte lateral esquerda, adossada à nave do templo principal. Este primeiro passo traduz a condenação de Jesus à morte e, como tal, foi a primeira capela a ser edificada.
Esta capela está situada na Rua Alexandre Herculano. Esta simboliza a primeira queda no caminho da crucificação, depois da condenação e carregando a sua própria cruz. A contorná-lo estavam os soldados romanos.
Situada na Rua Alexandre Herculano, este Passo do Encontro é um dos mais significativos e emocionantes, pois é-nos descrito o encontro entre o filho condenado e a Mãe, Nossa Senhora. A partir deste passo, Nossa Senhora, João Batista e Maria Madalena são as figuras bíblicas presente nas restantes estações.
Cireneu ou Simão de Cirene indica-nos o nome do homem que, a meio do percurso e obrigado pelos soldados, teve que ajudar Jesus a carregar a cruz até à Gólgata, ou seja, o Calvário. Está situada na Rua Cândido dos Reis.
Uma assistente da passagem de Jesus, a Verónica resolve limpar a face com um pano, no qual Ele gravaria para sempre o rosto avermelhado, dando a entender a influência que o caminho a fazer iria ter na história da humanidade cristã. A capela está situada na Praça da República, precisamente em frente aos Paços do Concelho.
Na caminhada para a crucificação, ao ver passar Jesus no meio da multidão, surgiram algumas mulheres a chorarem e a baterem no peito, tendo uma afirmação do condenado a dizer para não chorarem por Ele mas sim por elas e pelos seus filhos.
À sabedoria de toda a gente cristã, o Calvário é o último passo ou a cena final da Paixão. Jesus Cristo chega ao derradeiro ponto em que é crucificado entre dois ladrões, sob olhar sofredor de Nossa Senhora e de São João, e da indiferença dos soldados romanos.
Situado no Largo dos Combatentes, numa zona mais elevada de Ovar, esta capela é a de maiores dimensões. Aqui existiu uma capela em devoção a S. Pedro que passou a ser referido no altar esquerdo deste mesmo templo.
A Via Sacra da Paixão de Cristo está classificada como Imóvel de Interesse Público.
Este ponto está situado na localidade Ovar, na freguesia Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã.
Estando as capelas localizadas em vários locais do centro da cidade, estas coordenadas referem-se à primeira segundo a ordem cronológica da Paixão de Cristo, a do Horto.
(Distância: 4 m N)
A Igreja Matriz de Ovar, dedicada a São Cristóvão, situa-se numa pequena elevação à entrada da cidade, havendo acesso ao templo por uma escadaria.
(Distância: 158 m SW)
A primeira edificação deu-se no período anterior ao ano 1623, sendo reedificada nos finais do século XIX na sequência da elevação da rua, para evitar as cheias do rio.
(Distância: 329 m S)
Uma das fontes mais monumentais de Ovar, fica situada próximo do hospital e do Largo dos Combatentes.
(Distância: 340 m SW)
Situado num pequeno largo, face à via principal que atravessa a cidade, este chafariz foi o primeiro do género a abastecer a cidade de água.
(Distância: 377 m S)
Esta cidade, a poucos quilómetros da Ria de Aveiro e do mar, é banhada pelo rio Cáster.
(Distância: 386 m SW)
Esta praça viria a mudar de nome no ano de 1910, chamando-se até então de Comércio, uma vez que se situa precisamente no centro da cidade.
(Distância: 397 m SW)
O monumental edifício dos Paços do Concelho situa-se no centro histórico de Ovar e com a fachada principal orientada para a Praça da República.
(Distância: 441 m SW)
A capela de Santo António é um templo maneirista dos finais do século XVII, tendo uma reedificação no século seguinte e outra no século XX.
(Distância: 647 m W)
Esta capela foi edificada no local onde antes existiu um palheiro ou nicho que albergava um retábulo com as Alminhas das Areias.
(Distância: 664 m W)
Esta fonte está situada no centro da cidade, no Jardim dos Campos, em frente à Capela de Nossa Senhora do Parto.