Para além de permitir a travessia do rio Lima permite-nos entender o quanto antiga esta localidade é, e igualmente esteve na origem do atual nome de Ponte de Lima. Esta localidade recebeu o foral da Condessa D. Teresa de Leão em 4 de março de 1125, que a denominou de Terra da Ponte.
Na confluência de vários caminhos, sendo a travessia atualmente por peões, a ponte do Lima remonta a duas épocas verdadeiramente distintas, a Romana e a Medieval.
Uma ponte, duas partes, em que inicialmente remontava ao período romano, altura em que se deu a abertura das vias militares, sendo este um dos percursos que ligava Braga a Santiago de Compostela.
A ponte romana teve a sua origem provavelmente no século I, durante o governo do Imperador Augusto. Atualmente desta ponte só resta um troço da margem direita do rio Lima, precisamente até à Igreja de Santo António da Torre Velha.
É formada por dois arcos de volta perfeita e por silhares de talhe regular em que assenta o tabuleiro de pavimento horizontal com seis metros de largura e protegido por guardas.
Entrado no período medieval, a (re)construção da ponte deve-se ao fato do desvio do rio para sul, o que provocou o derrube da antiga ponte romana.
A cronologia desta cai no entanto na dúvida, apesar de alguns autores atribuírem ao ano de 1359, altura em que se iniciou a construção da cerca, patrocinada por D. Pedro. No entanto a inscrição do ano na torre que abrigava a ponte em nada confirma a respetiva data, levando a crer que quer a estrutura militar como a ponte possam pertencer a um período anterior.
Da incerteza da cronologia da ponte à certeza da sua monumentalidade, sem paralelo em Portugal Medieval.
É formada por dezoito arcos apontados, com início no Largo de Camões até à Igreja de Santo António. Os primeiros arcos são reforçados por talha-mares para conferir um menor peso à estrutura e um melhor escoamento em altura das cheias.
No reinado de D. Manuel, e para reforçar a importância militar, este monarca mandou colocar ameias ao longo das guardas. Destes pode-se atualmente observar algumas existentes no início da ponte, que confronta com o Largo de Camões.
Este monumento está inserido na Rota do Românico ao Gótico, do Portal de Ponte da Barca, na organização Viagem no Tempo, Alto Minho 4D.
Esta ponte do Lima está classificada, desde o ano de 1910, como Monumento Nacional.
Este ponto está situado na localidade Ponte de Lima, na freguesia Arca e Ponte de Lima.
(Distância: 106 m W)
Ponte de Lima faz parte da rota dos Caminhos de Santiago de Compostela e faz questão de se manter como um dos seus símbolos.
(Distância: 120 m NW)
A Capela do Anjo da Guarda, ou Padrão de São Miguel, está edificada junto ao rio Lima e à ponte velha, sendo a data da edificação totalmente desconhecida. Pode pertencer ao tardo-românico ou início do gótico.
(Distância: 120 m W)
A Igreja de Santo António é uma construção sobre uma antiga ermida. Foi ampliada no século XIX e tomou então a designação pela qual hoje é conhecida.
(Distância: 132 m NW)
(Distância: 185 m SE)
O Pelourinho que está junto do areal foi construído com base em elementos do original do século XVI, com exceção do brasão de armas que está na cópia, junto da Câmara Municipal.
(Distância: 189 m NW)
(Distância: 195 m SE)
(Distância: 207 m E)
No pequeno centro urbano histórico de Ponte de Lima, encontra-se ao centro do Largo de Camões o chafariz monumental do final do século XVI e princípios do XVII.
(Distância: 214 m W)
(Distância: 219 m SE)
O conjunto edificado pertencente à Misericórdia, que estava encostado à muralha do burgo, foi dividido em duas partes no século XX com a abertura da Rua Cardeal Saraiva.