Teresa de Aragão, de meu nome, fui destinada pelo Rei Afonso VI, meu pai, a que o reino de Portucale fosse o meu destino o que, sob os olhares divergentes, causou muita polémica, a qual passo a descrever:
Como disse, sou filha de Afonso VI e de Dª Ximena Moniz e neta da Condessa Velasquita Moniz. Em virtude da reconquista pelos Cruzados de territórios invadidos pelos muçulmanos, meu pai deu a minha mão ao nobre e cruzado francês, Henrique de Borgonha.
O casamento realizou-se em 1093 e, como prenda de casamento, foi entregue ao Senhor meu marido o Condado Portucalense, fazendo-nos Condes e dignitários do Condado.
Desta minha união nasceram Urraca, Sancha e Teresa e o único varão, Afonso Henriques. O governo do meu marido Henrique foi de pouco tempo, uma vez que em 1112 teve morte repentina. À data, o Afonso Henriques, único com direito sucessório, era menor de idade. Passei assim a governar o Condado Portucalense, tendo em 1121 assumido o título de Rainha, o qual teve a aprovação do Papa, da minha irmã Urraca e do seu filho Afonso de Leão e Castela.
Uma tentativa de dar seguimento ao pensamento do meu marido foi talvez o início dos meus problemas. Ao aliar-me a uma Família poderosa da Galiza, daqui resultou o pensamento de uma independência relativa ao Reino de Leão, em que a regência ficaria a cargo da minha meia irmã Urraca de Leão, em simultâneo com o alargamento dos domínios.
Entretanto fui desterrada para o Castelo da Póvoa de Lanhoso em virtude do ataque feito por Urraca e, para manter o Condado Portucalense, concordei em assinar um tratado. Os acontecimentos evoluíram muito rápido com a morte de Urraca, e a permanência de manter a aliança com a Família Peres de Trava manteve o descontentamento sentido pelos nobres do Condado, inclusivamente pelo meu próprio filho, Afonso Henriques.
Uma insurreição contra o governo Castelhano-Leonês, em que pretendia uma defesa e uma proteção dos direitos da autonomia de Afonso Raimundes, coroado Rei da Galiza, originou um insurgimento por parte do meu filho Afonso Henriques, apoiado pelo Arcebispo de Braga.
Afonso Henriques foi armado cavaleiro e conseguiu o apoio dos nobres Portucalenses pela causa da reconquista da soberania a que tinha direito. O previsto aconteceu em 1128, na Batalha de São Mamede, perto de Guimarães, em que eu acabei derrotada pelo meu filho. Assumindo ele então o governo do Condado acabou com os meus planos e do Bispo de Santiago de Compostela, em que este cobiçava os domínios do Condado.
Refugiei-me na Galiza, pois tinha uma ordem do meu filho para me desterrar juntamente com Fernão Peres de Trava no Castelo da Póvoa de Lanhoso. Fiquei exilada até morrer no Mosteiro de Montederramo.
Esta foi a minha longa história em que o foral concedido à Vila de Ponte do Lima é das últimas ações que realizei antes de morrer. Na verdade, acabei perpetuada por esta e nesta Vila.
Este ponto está situado na localidade Ponte de Lima, na freguesia Arca e Ponte de Lima.
Esta estátua está no início da Avenida António Feijó, ao lado dos Paços do Concelho.
(Distância: 35 m S)
(Distância: 58 m N)
O edifício dos Paços do Concelho é uma construção de 1439, com uma campanha de obras em 1751 e outras reformas e reconstruções até ao aspeto atual.
(Distância: 70 m N)
(Distância: 94 m N)
Edifício situado em frente aos Paços do Concelho numa tipologia de casa-torre do século XVII, é constituído por duas partes respeitantes à torre e à ala habitacional.
(Distância: 96 m NE)
(Distância: 121 m SW)
(Distância: 122 m NW)
A atual Igreja Matriz, dos meados do século XV, foi edificada sobre um outro templo que ali existiu, provavelmente dos séculos XII e XIII.
(Distância: 133 m NW)
A Biblioteca foi criada no início do século XX numa sala no Largo de Camões. Foi mudada para o edifício do século XVII do hospital da Misericórdia.
(Distância: 138 m S)
Situada no centro histórico da Vila, a Igreja foi construída no século XVIII com as esmolas da devoção de D. Tristão de Menezes e do Pároco da Vila.
(Distância: 153 m NW)
O conjunto edificado pertencente à Misericórdia, que estava encostado à muralha do burgo, foi dividido em duas partes no século XX com a abertura da Rua Cardeal Saraiva.