Primitivamente este templo tinha como nome a Igreja de Santa Maria da Porta, devido ao facto da igreja estar situada junto a uma das portas da muralha do castelo, construída na parte ocidental do Burgo.
O Padroado da Igreja foi decidido que ficou na posse de duas Instituições, o do Concelho de Melgaço e o Mosteiro de Fiães. Mais tarde este acordo iria ser ajustado, também por força maior dos habitantes da Vila, para uma terceira instituição como o Arcediago de Valadares, passando assim para uma terça parte para cada.
Entretanto, durante o século XIII a terceira parte do Padroado da Igreja sofreu uma forte turbulência negocial em que, em 1238 na relação entre de Entre Lima e Minho, a terceira parte em questão já pertencia ao Rei, ou seja, este já era Patrono da Igreja da terceira parte. Só em finais deste mesmo século a Igreja teve a sua sagração.
A Igreja de Nossa Senhora da Porta, que se enquadra num espaço urbano medieval circundado pela cerca, ergue-se adaptada ao declive do terreno, formando um quarteirão e sendo delimitada pelas vias.
Data do século XII, pertencendo assim à época românica. Da sua primitiva traça já pouco resta, devendo-se às muitas remodelações que a igreja sofreu ao longo dos tempos.
Com um desenvolvimento longitudinal, é composta por uma única nave e capela-mor mais baixa e estreita, estando adossada a este corpo, na esquerda, uma capela quadrangular.
À direita adossa-se a torre sineira num plano mais recuado da fachada do templo, e mais recuado adossam-se duas capelas e a sacristia.
A fachada principal, orientada a poente, termina em empena com cornija, de cunhais coroados por pináculos piramidais com bola assentes em plintos paralelepipédico, e cruz latina ao centro.
O rasgo do portal é em arco abatido de três arquivoltas, com a interior lisa e as restantes decoradas, assentes em impostas e quatro colunas de fuste liso sobre bases e capitéis fitomórficos. A porta possui ainda tímpano liso sobre impostas.
O portal é encimado por um óculo circular, moldurado com vidros policromados.
A porta lateral norte apresenta uma arquivolta apontada, suportada por duas consolas que sustentam um tímpano com uma figura de Leão em alto relevo.
A torre sineira quadrada é formada por cunhais apilastrados, coroados por pináculos sobre acrotérios.
É formada por três registos separadas por um friso e cornija, sendo que na face frontal e lateral direita, rasga-se no primeiro registo uma fresta moldurada, no segundo registo o relógio circular e finalmente no terceiro, em cada uma das faces, uma ventana em arco de volta perfeita, albergando os sinos.
No interior, formada por uma só nave, o pavimento é em soalho de madeira e lajes de cantaria. O teto é igualmente de madeira de perfil curvo, assente em cornija.
O coro alto, também de madeira, está assente em quatro mísulas pétreas com guarda em balaustrada de madeira envernizada.
A nave liga-se com a capela-mor através do arco triunfal de volta perfeita sobre pilastras toscanas, ladeado por altares colaterais com retábulos de planta dourada.
A capela-mor, com lambril de madeira semelhante às paredes laterais, janelas com sanefa e tetos de masseira, formando caixotões de molduras decoradas com florões nos encontros e, no painel central, assente em friso e cornija.
O retábulo-mor é de talha dourada e policromada, de planta reta e de três painéis definidos por quatro colunas torsas decoradas por aves e anjos e assentes em paralelepípedos.
No lado direito da nave surge uma primeira abertura de porta travessa em arco apontado com tímpano em cataria, seguido do púlpito, de bacia retangular sobre mísula com guarda balaustrada.
Segue-se a segunda abertura de arco de volta perfeita sobre pilastras toscanas, com acesso a capela lateral ampla, cujo interior é formado por paredes de lambril de madeira, formando apainelados divididos por frisos ondulados, e um retábulo de finais do século XVI de António Figueiroa.
No lado esquerdo da nave, a primeira capela tem a sua abertura em arco quebrado, cujo interior é constituído por um teto de madeira de perfil curvo e albergando um retábulo de talha policroma branca e dourado de planta reta.
Segue-se uma segunda capela, com a abertura em arco de volta perfeita sobre pilastras toscanas possuindo, igualmente como a capela oposta, um interior em lambril de madeira e que alberga um retábulo de talha dourada de planta côncava e um eixo.
Este monumento está inserido na Rota do Românico ao Gótico, do Portal de Ponte da Barca, na organização Viagem no Tempo, Alto Minho 4D.
Este ponto está situado na localidade Melgaço, na freguesia Vila e Roussas.
(Distância: 44 m NW)
A sua construção data de 1170, a mando de D. Afonso Henriques, e o primeiro documento a referir a povoação foi a Carta de Foral em 1183, do mesmo rei.
(Distância: 53 m NE)
Estas ruínas arqueológicas foram descobertas há poucos anos, aquando das obras de reestruturação desta praça. Este troço defensivo da Vila remete-nos aos séculos entre o XIII e o XVII.
(Distância: 54 m W)
Albergando anteriormente a Câmara Municipal e a Cadeia, este edifício do século XVII, Solar do Alvarinho ou Edifício dos Três Arcos, foi recuperado em 1997 para servir de base à prova e venda dos vinhos, para todos aqueles que visitem Melgaço.
(Distância: 61 m SW)
A Igreja de Santa Maria do Campo foi entregue à Misericórdia, nos finais do século XVI, pelo Arcebispo de Braga de então, Frei de Bartolomeu de Mártires. A instituição conseguiu sobreviver apesar da falta de recursos financeiros no século XVII.
(Distância: 68 m SW)
Duas bem preservadas arcas tumulares, situadas no adro da Igreja da Misericórdia de Melgaço, situadas num tempo cronológico compreendido entre os séculos XII e XV, da Baixa Idade Média.
(Distância: 105 m SW)
(Distância: 124 m S)
Câmara Municipal de Melgaço - Largo Hermenegildo Solheiro, 4960-551 Melgaço
(Distância: 144 m W)
Nos finais do século XIV Portugal e Castela entraram em confronto devido ao problema sucessório ao trono português, confronto que acabou por ser resolvido, segundo a lenda, por uma luta pessoal entre Inês Negra de um lado e a Arrenegada do outro.
(Distância: 146 m NE)
A Fonte de São João encontra-se na Praça da República desde o início do século passado, após uma transladação de outro lugar denominado de Assadura onde tinha sido construída no século XVIII. Num nicho no topo São João Batista batiza Jesus Cristo.
(Distância: 208 m NE)
Situada numa zona de Melgaço restaurada, a fonte era conhecida como Fonte de São Facundo devido à sua proximidade com a Igreja de São Facundo. Uma fonte dos finais do século XVII, foi construída onde havia uma nascente.