Praça do Comércio ou Terreiro do Paço, antigamente com a denominação de Terreiro do Paço da Ribeira, é o local mais emblemático da cidade de Lisboa. A sua situação junto do Rio Tejo e nos limites da Baixa Lisboeta faz com que seja a porta de entrada em Lisboa e na região portuguesa a norte do Rio Tejo para quem chega a Lisboa vindo do Oceano Atlântico ou vindo da Margem Sul.
Ali existiu, na ala ocidental, o palácio dos Reis de Portugal desde o século XVI e durante cerca de dois séculos, e daí a denominação de Terreiro do Paço. Esses edifícios estão hoje ocupados por departamentos ministeriais, por hotéis, lojas, restaurantes e cafés, além de espaços culturais. Com cerca de 180m x 200m, num total de 36.000m2, é das maiores praças da Europa.
D. Manuel I tinha a sua residência no Castelo de São Jorge. Em 1511 fez a sua transferência para esta praça, para o Paço da Ribeira.
Ali existiu uma biblioteca com 70.000 volumes e diversas pinturas, tal como diversos documentos relativos à descoberta do Brasil.
Um grande incêndio em 14 de Dezembro de 1745 destruiu uma grande parte do Paço e da sua biblioteca. O que restou foi totalmente destruído pelo terramoto de 1755.
Esta foi uma das principais obras da reconstrução pombalina após o terramoto de 1755, delineada por Eugénio dos Santos e Carlos Mardel.
Ao centro ergue-se a estátua equestre de D. José I, montado no seu cavalo Gentil, que foi erigida em 1775 pelo principal escultor português desse tempo, Joaquim Machado de Castro.
No lado norte e a separar da Rua Augusta, a principal via da Baixa Lisboeta, está o majestoso Arco Triunfal, conhecido por "Arco da Rua Augusta".
Durante muitos anos esta praça era o principal parque de estacionamento da Baixa de Lisboa, até que na década de 1990 foi transformado no que é atualmente.
Sendo palco de diversos acontecimentos históricos, foi ali que, em 1 de dezembro de 1640, foi presa a Duquesa de Mântua e morto o secretário de estado Miguel de Vasconcelos pelo famoso acontecimento de ser atirado de uma janela do palácio para a praça.
Em 1 de fevereiro de 1908 foram ali assassinados o rei D. Carlos e o seu filho D. Luis Filipe, o que deu início ao processo de fim da Monarquia e início da República. Esta foi proclamada ali próximo, na Praça da República opnde se situa a Câmara Municipal de Lisboa, em 5 de outubro de 1910. As tropas desembarcaram ali no Cais das Colunas, com a finalidade dessa revolução.
Após esta revolução, os edifícios que circundam a praça foram pintados de rosa, as cores republicanas, sendo mais tarde revertidas para a cor original e atual, o amarelo.
O Cais das Colunas, no extremo sul desta praça, serviu para desembarque da realeza ou de chefes do Estado, como por exemplo a Rainha Isabel II na sua visita a Portugal em 18 de fevereiro de 1957.
Foi também nesta praça que se deu um dos episódios que derrubou o regime do Estado Novo em 25 de abril de 1974 e depôs o então Presidente do Governo Marcello Caetano.
Esta praça é constante cenário de espetáculos, eventos culturais e celebrações.
Assim por exemplo ocorrem ali os festejos da Passagem de Ano, as comemorações do Dia de Portugal e a visita de figuras de relevo, como a missa celebrada pelo Papa Bento XVI em 11 de maio de 2010.
Durante muitos anos era dali que saíam os barcos "Cacilheiros" para Cacilhas, em Almada, na outra margem do Tejo, e para o Barreiro para dali fazerem a ligação à Linha Férrea do Sul. Atualmente os Cacilheiros para Almada têm a sua partida do Cais do Sodré, mantendo-se no entanto ali as partidas para o Barreiro.
A Praça do Comércio está classificada como Monumento Nacional.
Este ponto está situado na localidade Santa Maria Maior, na freguesia Santa Maria Maior.
A Praça do Comércio situa-se quase no extremo sul de Lisboa, junto do Rio Tejo e em frente de Almada.
(Distância: 95 m N)
Um arco no início da rua mais importante e mais movimentada da Baixa Lisboeta, a separá-la da Praça do Comércio, foi construído no século XVIII, sendo concluído em 1873.
(Distância: 119 m SE)
Situado no limite sul da Praça do Comércio, este Cais das Colunas era o local de embarque e desembarque de figuras importantes. Foi aqui que, em fevereiro de 1957, a Rainha Isabel II de Inglaterra desembarcou ao chegar a Lisboa pelo rio.
(Distância: 204 m W)
O edifício dos Paços do Concelho, na Praça do Pelourinho (século XIX) ou Praça do Município, é a sede da Câmara Municipal de Lisboa.
(Distância: 227 m SW)
Esta avenida liga a Praça do Comércio ao Cais do Sodré. Foi o local onde se construíram muitas das naus para os descobrimentos portugueses.
(Distância: 231 m W)
O Pelourinho foi construído depois do terramoto de 1755, em ferro, mármore e cantaria, ao contrário da maioria dos pelourinhos, para substituir o anterior que ficou destruído com o terramoto.
(Distância: 251 m NE)
Aqui existiu a Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia de Lisboa que foi destruída pelo Terramoto de 1755. Foi construída esta igreja, dedicada a Nossa Senhora da Conceição.
(Distância: 324 m NE)
A Igreja da Madalena, situada no largo com o mesmo nome, foi construída no século XII por ordem de D. Afonso Henriques. Situava-se, na construção, junto da cerca moura.
(Distância: 358 m NE)
A Igreja de Santo António está situada a poucos metros da Sé de Lisboa. Foi dedicada a este santo por se situar, segundo a tradição, próxima do local onde ele nasceu.
(Distância: 375 m NE)
A Casa dos Bicos, Casa dos Diamantes ou Casa de Brás de Albuquerque foi construída em 1523 a mando de D. Brás de Albuquerque, filho do segundo governador da Índia portuguesa.
(Distância: 386 m NE)
Uma foto da Sé Patriarcal de Lisboa, situada no bairro de Alfama.