Na colina do castelo ergue-se este monumental Paço dos Alcaides, assim igualmente conhecido, em que a sua edificação teve início nos princípios do século XIV por D. Dinis, sendo João Simão o arquiteto do projeto.
Contudo este projeto remonta ao tempo da Reconquista, quando D. Sancho II doa a herdade de Arroiolos ao primeiro Bispo de Évora D. Soeiro, sendo já referida uma autorização régia para a construção de um castelo.
A Reconquista daquela parte do território contribuiu muito para um reverso da fraca densidade populacional existente naquela zona, o que nos finais do século XIII e inícios do XIV viria a justificar o investimento régio do Paço e a fortificação envolvente.
A importância da confirmação de um foral em 1310 também foi a ajuda necessária para a confirmação deste castelo que começara a erguer-se sobre construções existentes com um maior ou menor aproveitamento de um castro proto-histórico, segundo vestígios arqueológicos existentes.
O castelo ergue-se de uma forma curiosa, desenvolvendo-se pelas encostas suaves acompanhando precisamente as curvas do desnível do terreno, podendo assim ter uma melhor visão de toda a vizinhança.
Somente rasgada por duas portas, conhecidas como a Barbacã que se orienta a sul e para o casario que se desenvolveu ultra muras, e a de Santarém que se desenvolve para noroeste, precisamente para a cidade com o mesmo nome. A Barbacã estava ladeada pelas Torres de Menagem e do Relógio.
A Torre de Menagem constitui com o Paço a residência oficial dos Alcaides, destacando-se como anexo principal. De planta quadrada, apresenta ainda vestígios reconhecíveis de que teve quatro pisos de origem, com a parte nobre da casa a compreender o Paço, restando apenas as paredes exteriores rematadas nos ângulos por torres.
A partir do século XIV foi o início do fim do castelo. Durante este século, D. Fernando proibiu os moradores de fora da cerca de ter acesso à igreja que se encontrava no interior. Esta ordem foi uma primeira tentativa para manter o povoamento no interior da cerca, que cada vez mais se tornava impossível, agravando a situação com a ocupação das tropas castelhanas no ano de 1384.
Numa segunda tentativa em 1387, D. João I doou o castelo ao Condestável D. Nuno Álvares Pereira, segundo Conde de Arraiolos, que aqui chegou a habitar e consequentemente fez obras na fortificação e introduziu novas instalações no Paço.
Nos finais do século XVI o castelo ainda era habitado, restando apenas pouco mais tempo, sendo que em 1613 a câmara local já denunciava a ruína do conjunto.
Este panorama viria a degradar-se mais com a chegada das Guerras da Restauração, chegando a resistir a algumas obras feitas por D. João IV. Em meados do século XVII a barbacã já estava em ruína, o Paço e a Torre de Menagem também já estavam inabitáveis. Tudo isto veio ainda agravar mais a situação quando aí se sentiu o terramoto de 1755, acrescentando à destruição.
Apesar destas ocorrências de destruição, o castelo em 1910 foi agraciado como Monumento Nacional.
Este ponto está situado na localidade Arraiolos, na freguesia Arraiolos.
(Distância: 106 m NW)
Mesmo ao centro no interior do castelo desta vila, no cimo de um pequeno morro, ergue-se o único monumento que ali se conserva em pé, a Igreja de Salvador.
(Distância: 126 m S)
Situado no caminho entre o castelo e a povoação, este pequeno templo religioso denomina-se de Capela dos Passos da Paixão de Cristo, fazendo parte das doze capelas que representam os Passos de Cristo na Paixão.
(Distância: 226 m E)
Situado na Praça Lima e Brito, junto do Centro Interpretativo dos Tapetes de Arraiolos, o edifício dos Paços do Concelho é o local da Câmara Municipal.
(Distância: 229 m S)
Um templo religioso que teve a sua origem anterior a 1302, dando como certa a existência desta no dito ano e sendo a antecessora da atual.
(Distância: 245 m E)
Uma vila pequena em que o centro histórico se confunde com a própria localidade, estas fotos são com certeza as dos locais mais centrais deste povoado.
(Distância: 247 m E)
Iniciada entre 1585-1586, a construção teve uma celeridade com o interesse de D. Teodósio II, Duque de Bragança, ao disponibilizar artistas que para ele trabalhavam.
(Distância: 269 m E)
O edifício que atualmente alberga o Centro Interpretativo dos Tapetes de Arraiolos teve como sua função inicial o hospital intitulado de Espírito Santo.
(Distância: 275 m E)
Na parte este da pequena e principal praça de Arraiolos, mais concretamente na Praça do Município, encontra-se o Pelourinho pelo foral concedido por D. Manuel em 1511.
(Distância: 280 m E)
Como não poderia deixar de ser, falar de Arraiolos é falar dos tapetes. Uma vila alentejana que é conhecida nacional e internacionalmente pelos seus "Tapetes de Arraiolos".
(Distância: 339 m SE)
A pequena Praça da República, a única envolta de um arvoredo, oferece algum fresco para quem ali passa mostrando também o contributo de embelezamento do coreto.