A freguesia de Arnoso apresenta este testemunho arqueológico, de um passado longínquo, diversificado e único, um belo exemplar do estilo românico. Apesar de ser atribuída a iniciativa a São Frutuoso, na verdade a construção remontará, ao que os diversos estudos indicam, ao século XII.
A fundação é atribuída a duas datas, havendo neste ponto divergências entre 642 e 674. Em qualquer dos casos foi fundado no século VII por iniciativa de São Frutuoso, então Bispo de Dume e Braga, durante a época visigótica, um convento que se denominaria de Santa Eulália de Arnoso.
Consequentemente, este viria a ser parcialmente destruído pelos mouros em 1067, acabando por ser reconstruído entre 1042 e 1090 por iniciativa do Rei da Galiza, D. Garcia, ainda que se encontre a inscrição de 1156 no tímpano do portal sul.
Este convento acabaria por ser agremiado, entre os anos de 1486 e 1501, ao Convento Beneditino de Pombeiro, por ordem do Arcebispo de Braga D. Jorge da Costa, antes dos Frades Jerónimos de Belém tomarem posse na centúria de seiscentos.
Desenvolvida longitudinalmente, apresenta uma planta retangular formada por nave e capela-mor, seguindo a linha românica de pouca luz, com duas fechas situadas na fachada principal e traseiras.
A fachada principal possui o portal de tímpano em moldura reta, com arquivoltas de arco redondo e capitéis. As arquivoltas estão decoradas com elementos geométricos, entrelaçados e zoomórficos. Os mesmos elementos podem-se verificar no portal da parte lateral sul.
A Igreja de Santa Eulália do Mosteiro de Arnoso está classificada como Monumento Nacional desde 1938.