Uma cidade como a de Braga, que merece o melhor, tem no elevador do Bom Jesus do Monte um dos seus ex-libris. Na altura da finalização era o único existente na Península Ibérica, e atualmente o único do género a funcionar numa escala mundial.
Construção



Uma cidade como a de Braga, que merece o melhor, tem no elevador do Bom Jesus do Monte um dos seus ex-libris. Na altura da finalização era o único existente na Península Ibérica, e atualmente o único do género a funcionar numa escala mundial.
A sua construção deve-se a um empresário bracarense do século XIX, de seu nome Manuel Joaquim Gomes. O projeto é da autoria de dois nomes consagrados da engenharia na altura, Nikolaus Riggenbach e Raul Mesnier. A finalização e consequentemente a inauguração deu-se no ano de 1882.
Entretanto com a expropriação em 1914 da Companhia de Carris e Elevador do Bom Jesus, a Autarquia passou a ser responsável pelos transportes públicos na cidade.
Descrição
Situado no Monte do Bom Jesus, o funicular acompanha paralelamente a escadaria do Santuário do Bom Jesus pelo monte acima. Tem uma inclinação de 42% e de mais de 100 metros de desnível, num percurso de 274 metros.



Cada uma destas interessantes cabines, que faz o percurso num sobe ou desce durante três minutos, tem uma capacidade para quarenta pessoas mais o condutor/cobrador, sendo trinta e dois lugares sentados e os restantes em pé.
Funcionamento




O funicular é composto por duas cabines que se movem sobre carris e que estão ligadas entre si por um cabo de aço. Estas cabines sobem e descem, alternadamente e em simultâneo, em vias paralelas.


As cabines têm um depósito de água que se enche no plano superior e esvazia no inferior. A quantidade de água é em função dos passageiros existentes.
No momento da partida o condutor da cabine inferior informa o da superior por um sinal sonoro a quantidade de passageiros nessa cabine. Então, o condutor da cabine superior vai encher o depósito com uma quantidade de água de acordo com o sinal que recebeu do inferior e de acordo com o número de passageiros nessa cabine.
O peso da água em conjunto com o peso dos passageiros faz então descer esta cabine e subir a oposta. Cada cabine tem ainda um travão para fazer regular o andamento e para abrandar e parar antes de atingir os batentes no final do percurso.
Estas cabines não têm motor e são abertas, sem portas nem janelas. Assim, o único som que se ouve em todo o percurso é o do rolamento das rodas da cabine nos carris e o som das aves ou do vento nas árvores dispostas ao longo do percurso, eventualmente com o som das conversas dos passageiros.
Classificação
Esta pérola da cidade de Braga está classificada como Imóvel de Interesse Público