A Torre da Porta Nova é a estrutura mais evidente dos vestígios das muralhas que a cidade de Barcelos possui da época medieval.
Origem

Foi nos finais desta época medieval que o burgo de Barcelos se cercou de muralhas por iniciativa de D. Afonso, das quais o Paço dos Duques de Bragança não se podia dissociar.
Ainda no decorrer da época medieval, no contexto da centralidade das vias, Barcelos era o ponto de passagem entre o norte/sul e este/oeste. Esta localização traduziu-se num fluxo populacional e de recursos económicos e comerciais, e com isto a necessidade deste burgo ser amuralhado, e principalmente depois da construção da ponte.
Descrição

Assim, numa construção de perfil oval, em que tinha na ponte o ponto de início e fim, são adossadas quatro torres quadrangulares relativas a outras tantas portas que ligavam às principais vias de acesso dos diferentes pontos cardeais.
A sul, que liga à ponte, era a passagem mais importante do burgo. A noroeste, a porta do Vale que dava acesso ao caminho para Esposende. A terceira, de dimensões menores que as outras três, localizava-se a leste da ponte, numa zona de fácil acesso ao rio, e que protegia o postigo do Pessegal que ligava o interior do burgo à Fonte da Vila. Finalmente a nordeste, com a Porta Nova ou Cimo da Vila, que dava acesso ao caminho para Viana do Castelo e Ponte de Lima.
De planta quadrangular de quatro andares, a Torre da Porta Nova ou do Cimo da Vila, ou até mesmo Postigo da Muralha, espelha a dimensão defensiva que Barcelos adquiriu no século XV.
Classificação
Apenas restando esta torre, está classificada como Monumento Nacional desde 1926.
Localização
Esta torre está situada entre o Largo da Porta Nova e o Jardim das Barrocas, na parte antiga da cidade.
Referências
- Direção-Geral do Património Cultural. «Torre de Barcelos, chamada do Postigo da Muralha»