Igreja de São João Baptista, Matriz de Moura, edificada nos finais do século XVI, de estilo manuelino, onde se destacam os portais, os azulejos seiscentistas e os lavores das cantarias.
Origem da Matriz

Até ao ano de 1455, a Igreja Matriz situava-se dentro do perímetro das muralhas na Igreja de Santa Maria do Castelo.
A partir desta data e com o aumento populacional a Matriz foi transferida para a Capela de São João Batista, situada já fora das muralhas, onde beneficiava de uma área mais ampla do que a anterior. A sua existência datava dos inícios do século XIV, sofrendo igualmente de um interior também reduzido.
O pouco espaço da Matriz foi uma das razões para que em 1502, a mando de D. Manuel, se edificasse um novo templo de raiz, cuja planimetria obedecia ao modelo utilizado em todo o País, à feição manuelina.
Estrutura
Desenvolvendo-se longitudinalmente, apresenta uma planta retangular formada por três naves e capela-mor de planta quadrada.
À direita da fachada a torre sineira quadrada apresenta um balcão alpendrado com altar do gosto maneirista, finalizando com duas sineiras em cada lado.
Fachada

A fachada em empena triangular foi rasgada ao centro pelo portal principal de feição tardo-gótico internacional, com um toque português.
A ladear o portal temos um conjunto decorativo formado por relevos de folhagens, boleados, colunas torsas e espiraladas. O conjunto é enquadrado ao centro pelo escudo de Portugal ladeado por duas esferas armilares, emblemas de D. Manuel.
Interior

O interior é formado por três naves com coberturas abobadadas separadas entre si por arcos quebrados em estilo gótico, únicas a representar o tardo-gótico.



azulejos
A capela-mor, com a cobertura em abóbada de nervuras, tem as paredes laterais forradas com azulejos polícromos seiscentistas.
Classificação
Esta igreja foi classificada como Monumento Nacional em 13 de junho de 1932.
Localização
Referências
- Direção-Geral do Património Cultural. «Igreja matriz de São João Baptista de Moura»