Igreja de Santo António
Igreja de Santo António, julho de 2022
A Igreja de Santo António teve origem no conjunto conventual masculino da Ordem Franciscana dos Capuchos, sendo iniciada no século XVI e reconstruída no século seguinte. Um incêndio em 1712 destrói a sacristia, que é reconstruída no ano seguinte. Está classificada como Monumento Nacional desde 2002.
 

História

Igreja de Santo António

A Igreja de Santo António teve origem no conjunto Conventual masculino da Ordem Franciscana dos Capuchos, em que a parte conventual se encontra à direita do templo religioso.

Na primeira metade do século XVI deu-se o início da edificação do Convento, a mando do Juíz da altura João Nunes e da sua mulher Isabel Costa. Quarenta anos mais tarde, precisamente em 1564, dá-se a reedificação do convento e a edificação da capela-mor, custeada pelo Sr de Angeja, Jorge Moniz, e que nela foi sepultado.

Reconstrução

No início da segunda metade do século XVII, mais concretamente em 1653, dá-se nova reconstrução do templo e, em 1677, inicia-se a construção da Capela da Ordem Terceira de São Francisco, cuja finalização se deu dois anos mais tarde, ficando adossada à Igreja de Santo António no lado esquerdo.

Nesta data também se realiza o sacrário e retábulo-mor da Igreja de Santo António, feito pelo Padre Pantaleão da Rocha Magalhães.

Igreja de Santo António

Poucos foram os anos que passaram quando, em 1712, o inimaginável de uma catástrofe aconteceu, com um incêndio na sacristia.

Um ano mais tarde realiza-se a construção de uma nova sacristia a mando do Bispo de Coimbra, António de Vasconcelos de Sousa. O claustro tem a data de 1753 para o seu término.

Outras Funções

Entretanto aconteceu o ano fatídico de 1834, em que foram extintas as Ordens Religiosas. Neste caso, do conjunto conventual, a Igreja de Santo António fica a cargo da Ordem Terceira de São Francisco, enquanto a parte conventual começa a conhecer várias funcionalidades, até ser um aquartelamento militar.

Assim se manteve até ao século XX em que soluções para a parte conventual começam a ser delineadas, inclusivamente o conjunto é proposto para a classificação de Monumento Nacional, o que foi concretizado a partir de 1999.

Descrição

A igreja, que se desenvolve na longitudinal com uma planta retangular, é constituída por nave única e capela-mor de reduzidas dimensões. A fachada principal divide-se em dois registos com o remate em contracurvado.

No registo inferior a abertura para o nartéx é em arco abatido, enquadrado por dupla pilastras colossais que delimitam o templo e dividem os panos verticais.

O segundo registo é rasgado por um janelão emoldurado por um frontão triangular e lateralmente por janelas retangulares e mais estreitas. É encimado por um entablamento de abertura circular central.

Finaliza em contracurvada interrompido por edícula central, pináculos laterais e cruz cimeira.

Classificação

Está classificado desde 2002 como Monumento Nacional.

Localização

Este ponto está situado na localidade Aveiro, na freguesia Glória e Vera Cruz.

Coordenadas GPS: N 40 38.141' W 008 39.163'  (40.63568, -8.65272)

Referências

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