As Inquirições Paroquiais levam a crer que a Igreja de Santa Marinha de Afife teve um percurso diferente, na sua maioria, dos outros templos religiosos.
Esta freguesia, e consequentemente o seu templo, era na totalidade ou parcialmente Padroado Real, pertencente ao rei D. Afonso III. Este deu metade, em conjunto com a Igreja de Santa Maria de Sá, no termo de Ponte de Lima, à Sé de Tui, em troca com a Igreja de Santa Maria da Vinha da Areosa.
Esta troca realizou-se no ano de 1262, no entanto a sua primeira referência documental à localidade já remontava ao século X, era então conhecida como Fifi.
No alinhamento das Inquirições de 1258 surgem as listas dos territórios de Entre o Lima e Minho, das Igrejas pertencentes ao Bispado de Tui. Mais tarde e durante o reinado de D. Dinis, para atribuição de taxas, a Igreja de Santa Marinha de Afife já constava, enquadrando-se na Terra de Vinha.
Entre 1551 e 1581, na situação canónica dos benefícios, consta que a Igreja de Santa Marinha de Afife estava inserida na Terra de Viana, na colação do Arcebispo, pertencendo a metade com cura ao Mosteiro de São Salvador. No século XVI era reitoria da apresentação do Convento de São Domingos de Viana e Comenda da Ordem de Cristo.
Em 1977 começa a pertencer à Diocese de Viana do Castelo.
O acesso ao templo é feito por dois troços de escadaria de dez degraus cada. Apresenta-se numa planta retangular formada por nave e capela-mor mais estreita e pequena.
Anexos estão adossados a esta, nos dois lados.
A torre sineira apresenta-se a sul, no mesmo plano da fachada principal, de três pisos separados por dois frisos. No primeiro possui uma janela, no segundo o relógio e o terceiro é constituído por aberturas em todas as faces, de arco de volta perfeita, que albergam os respetivos sinos.
A fachada principal apresenta-se somente com duas aberturas, o portal em moldura de arco apontado encimado por uma janela retangular. É rematada por dois pináculos piramidais a ladear e ao centro a cruz latina.
Este ponto está situado na localidade Afife, na freguesia Afife.
(Distância: 56 m SE)
Uma localidade situada entre os montes e o mar, com uma presença humana desde os tempos mais antigos com testemunhos de monumentos arqueológicos, como castros, e abundantes materiais líticos.
(Distância: 156 m NW)
Localizado junto da capela e no monte com o mesmo nome, é um povoado que remonta à Idade do Ferro mas muito destruído pelo tempo e pelas diversas obras ocorridas neste local. Existe neste momento pouco mais de uma parte de uma casa circular.
(Distância: 189 m NW)
Situada numa pequena colina na planície do rio de Afife, a Capela de Santo António é datada do século XVII, com reconstrução em 1942. Com o mesmo nome da colina, a entrada é antecedida por uma escadaria e destaca-se a sineira.
(Distância: 1 km S)
A capela pertence à Irmandade com o mesmo nome, e que corresponde ao século XVIII, mais concretamente ao ano de 1723. A capela está situada face à Estrada Nacional 13, que correspondia nesse tempo à Estrada Real.
(Distância: 1 km SE)
Situado num lugar um pouco sombrio, este Mosteiro Masculino Beneditino remonta à data de 564, sendo o seu responsável S. Martinho de Dume.
(Distância: 2 km SW)
A praia de Arda e a de Afife são as duas praias pertencentes a Afife, uma praia com um areal bastante bom para uma grande quantidade de gente na época alta, estendendo-se por cerca de mil e duzentos metros. É uma praia favorável para os surfistas e de outros desportos aquáticos.
(Distância: 2 km NE)
Com origem possivelmente no ano de 1661, pouco mais se sabe da sua história. É constituída por nave e capela-mor retangulares, com a fachada aberta pela porta sobreposta da janela, ambas retangulares.
(Distância: 2 km NW)
Situado na praia de Gelfa este, juntamente com mais outros fortes como a da Areosa, Carreço, Vila Praia de Âncora e o de Moledo, formam um conjunto de fortes na linha costeira entre Caminha e Viana do Castelo na defesa da costa Portuguesa.
(Distância: 3 km SW)
Este fortim foi edificado durante as Guerras da Restauração para reforçar as outras fortificações já existentes e a defesa da orla marítima, dando apoio defensivo aos Fortes da Areosa e do Cão.
