É designado de Palácio da Independência ou da Restauração porque foi aqui que D. Antão de Almada, com 40 conjurados, planearam a última reunião que iniciou a Restauração da Independência de Portugal que, em 1 de dezembro de 1640, pôs fim à monarquia filipina e aclamou o rei D. João IV.
O palácio está encostado à antiga Cerca Fernandina. O estilo anterior tinha influência árabe, mas teve sucessivas modificações manuelinas e maneiristas. As suas chaminés monumentais quinhentistas são semelhantes às do Palácio de Sintra mas, ao contrário dessas que são cónicas, estas são piramidais octogonais.
As fachadas têm três pisos, os dois superiores com fileiras de janelas de moldura retangular com sacada e sem outra ornamentação. O portão frontal, também de moldura retangular, dá acesso ao pátio interior, construído com espaço suficiente para dar passagem às carruagens.
Sobreposto ao portal existe uma janela com sacada de pedra, por sua vez encimada pela pedra-de-armas com o brasão dos Almada.
No seu interior existe um poço que agora está tapado com um vidro.
O Palácio foi fundado por D. Fernando de Almada, em 1467, pertencendo à Família Almada até ser adquirido pelo Estado Português.
Tendo sido pouco afetado pelo terramoto de 1755, serviu para recolher doentes do Hospital de Todos os Santos, que se situava próximo e ficou destruído.
Em 1758 foi alugado para serviços públicos diversos. Em 1774, D. Antão de Almada, descendente do primeiro, que era o mestre-sala de D. José I, habitou o palácio fazendo diversas obras em que colocou painéis de azulejos alusivos à Restauração e trabalhos de embelezamento do jardim.
Passou depois por sucessivos ocupantes estatais e outros, como o Museu Agrícola e Florestal entre 1890 e 1900, depois o Liceu Francês. Ali estava o Quartel-General da 1ª Divisão Militar no dia 5 de outubro de 1910, na revolução que deu origem à República Portuguesa, e que se rendeu.
Finalmente foi expropriada em 1939 para aí ser instalada a sede da Mocidade Portuguesa, o Museu da Restauração e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
Depois da Revolução de 25 de abril de 1974 o palácio foi invadido para aí instalar a Associação dos Deficientes das Forças Armadas, por imposição do Movimento das Forças Armadas.
Em 1983 o palácio é cedido para a Sociedade Histórica da Independência de Portugal, como local de conferências, de serviços administrativos, de espetáculos e ainda o Museu da Restauração de Portugal.
No final da década de 80 e início da seguinte ocorreram diversas obras de melhoramentos e recuperação, foi restaurada a Cerca Fernandina e os painéis de azulejos, entre outros trabalhos.
Atualmente estão ali as instalações do Museu da Identidade Lusíada, da Comissão Portuguesa de História Militar, do Ministério da Defesa Nacional, entre outros serviços.
Está classificado como Monumento Nacional.
Este ponto está situado na localidade Santa Maria Maior, na freguesia Santa Maria Maior.
O Palácio da Independência está situado a nordeste da Praça do Rossio, no lado norte do Largo de São Domingos e no início da Rua das Portas Santo Antão.
(Distância: 63 m SE)
Situada junto da Praça do Rossio, a igreja fez parte do convento com o mesmo nome, do qual só existe atualmente o templo religioso.
(Distância: 71 m SW)
O Teatro Nacional de D. Maria II, construido entre 1842 e 1846 sobre as ruinas do Palácio da Inquisição, é atualmente local de grandes espetáculos de teatro.
(Distância: 105 m N)
Este convento foi edificado no reinado de D. Filipe II de Portugal na sequência testamentária da Infanta D. Maria.
(Distância: 145 m SW)
A Estação Ferroviária do Rossio foi inaugurada em 18 de maio de 1890 e entrou ao serviço pouco mais de um ano depois, em 11 de junho de 1891.
(Distância: 145 m S)
Foto do chafariz no meio da praça central de Lisboa, o Rossio.
(Distância: 162 m W)
(Distância: 204 m SE)
Situada na Praça da Figueira, junto do Largo do Rossio, esta estátua equestre foi erguida em homenagem ao rei D. João I.
(Distância: 223 m W)
O Monumento aos Restauradores, inaugurado em 28 de abril de 1886, comemora a libertação em relação ao domínio espanhol, em 1 de dezembro de 1640.
(Distância: 265 m NE)
O edifício foi criado para receber o Colégio Jesuíta em 1579, com o apoio financeiro do Cardeal D. Henrique, tendo sido inaugurado catorze anos depois.
(Distância: 285 m W)
O Palácio Foz, originalmente Palácio de Castelo Melhor e pertença desse marquês, foi construído no fim do século XVIII em estilo neoclássico.