Em união com a sua vizinha Eirol na atualidade como já o foi na Alta Idade Média e, como Eirol, o território do Eixo também é antiquíssimo, não obstante que a sua primeira referência é datada do ano de 1050.
A longevidade desta freguesia vai até ao período pré-histórico, com vestígios comprovados da existência de povoamento, acontecendo igualmente com o período romano e medievalista.
É na época medieval que Eixo se vai destacar, tendo sido já referenciada, mas com confirmação documental só acontece no ano de 1079, antes da Nacionalidade, e com esta viria em 1282 a ter o estatuto de Concelho.
Terra prestigiada e, como tal, no centro das atenções de Senhores inclusivamente de personagens reais, pela qual as terras de Eixo são bens que servem de doações feitas precisamente por estes últimos Senhores.
Em 1095 dá-se a primeira doação de certas propriedades à Igreja e ao Mosteiro de Santo Isidoro de Eixo, pertencentes ao território da Diocese de Coimbra. D. Dinis igualmente doou terras ao Mosteiro de Santo Tirso realçando a importância desta povoação, a qual, depois de Aveiro, é a maior terra do Concelho.
Cada vez mais o território torna-se mais apetecido porque, mais uma vez, as terras são doadas em 1372 à D. Leonor Telles, aquando do casamento desta com o rei D. Fernando.
No século seguinte, com D. João II, as terras são confiscadas por este monarca, doando-as à Princesa Santa Joana e, após a morte desta, voltaram para as mãos da coroa.
Para tornar estas terras mais apetecidas, em 1516 o Concelho de Eixo obtém um novo foral atribuído pelo rei D. Manuel. A Casa de Bragança recebia os foros, rações e laudémios das terras do Eixo até 1846, altura em que foram revogados os forais e extintos os foros.
Mesmo com os direitos perdidos, as terras de Eixo continuam a circular nas mãos da Casa de Bragança, dos Mosteiros de Santo Tirso, de Grijó, São Pedro de Rates, de Lorvão e de Santa Cruz de Coimbra, da Ordem do Hospital de Malta e de outros Fidalgos, que repartiam o território.
No entanto, nem por perder uma certa autonomia que a Vila de Eixo deixou de ter êxito, continuando por isso na senha dos bons momentos e importância ao ponto de se tornar na segunda maior vila do concelho a seguir a Aveiro e beneficiando do aumento demográfico de Aveiro.
Proveniente de uma antiguidade de fazer inveja à maior parte das freguesias, o território desta é habitado desde há milhares de anos, situando-se a primeira ocupação entre os 26000 a.C. e 20000 a.C., segundo o achado arqueológico aqui encontrado mais antigo do concelho de Aveiro.
Acredita-se que a atual povoação de Eirol tem origem numa povoação fenícia compreendida entre os 1500 e 300 a.C., que se instalaram no lugar de Carcavelos, numa altura em que o mar alcançava a zona.
No entanto e por obra circunstancial da história, o paralelismo da atualidade da União de Freguesias de Eixo e Eirol vai no sentido do século XII, mais concretamente em 1166, em que uma das menções de povoamento designava por Santa Eulália de Eirol, antiga freguesia que pertencia ao concelho do Eixo.
No século XVI Eirol e Carcavelos passariam para o padroado do Mosteiro de Grijó, evidenciando a preocupação do mosteiro em manter o povoamento daquelas terras do Baixo Vouga. Em 1620 Eirol separa-se da freguesia de Travassó, continuando sob a jurisdição do referido mosteiro.
Assim se manteve até 1834, ano da extinção das Ordens Religiosas, e cinco anos mais tarde já pertencia à Comarca de Aveiro, embora pertencendo ao concelho de Segadães.
Na reorganização administrativa de 2013, as freguesias de Eixo e Eirol ficaram agregadas formando a União das Freguesias de Eixo e Eirol, com sede na primeira.
Este ponto está situado na localidade Eixo, na freguesia Eixo e Eirol.
(Distância: 158 m NW)
Igreja de Santo Isidoro de Sevilha, a sua reedificação deu-se no século XVIII, mas no ano de 1574 a igreja pertencia ao padroado real e integrava a Diocese de Coimbra. A partir do ano de 1705 dá-se início à reconstrução do templo religioso, e em 1721 o culto religioso já se praticava.
(Distância: 852 m NW)
Uma inscrição de uma campa existente no patim de entrada refere o ano de 1709, sendo portanto uma construção do século XVII ou XVIII. Um nicho na fachada, sobre a porta, alberga a Virgem com o Menino.
(Distância: 1 km W)
Um lavadouro público, um local que antigamente tinha muito significado por representar um local para, além da lavagem da roupa, servir de ponto de encontro entre os populares.
(Distância: 1 km E)
A Igreja Matriz de São João de Loure, dedicada a São João Batista, é uma construção do século XVII em que se destaca a talha dourada do mesmo século.
(Distância: 3 km E)
O Parque de Merendas do Poço do Barreiro, situado na localidade de Pinheiro, é um excelente espaço com um palco onde se realizam festas.
(Distância: 3 km NW)
Capela situada na estrada principal na localidade de Azurva, freguesia de Eixo e Eirol, dedicada a Nossa Senhora da Ajuda, é construção do século XVII mas completamente renovada no século XX.
(Distância: 3 km SE)
Possivelmente esta igreja foi edificada no mesmo lugar da primitiva Ermida de Santa Eulália, aquando do povoamento de colonos franceses nesta zona. Manteve-se sob a jurisdição do Mosteiro de Grijó até ao século XVII, quando foi assinada a documentação para a criação de uma nova paróquia que englobava as localidades de Eirol e Carcavelos.
(Distância: 3 km SE)
Um dos elementos essenciais das localidades, principalmente as mais pequenas, e que atualmente ainda se mantém em pleno funcionamento devido às ações de conservação da parte dos responsáveis. À saída sul de Eirol, é um lavadouro de dois tanques com uma fonte no meio.
(Distância: 4 km SW)
Esta igreja de Oliveirinha, dedicada a Santo António, é resultado da ampliação no século XIX de uma capela do século XVII. Esta ampliação deve-se ao facto de, em 1849, a freguesia de Oliveirinha se desmembrar do Eixo, tornando-se Paróquia. Destaca-se na fachada as duas torres sineiras.
(Distância: 4 km N)
A Pateira de Frossos, estando inserida no sistema lagunar da Ria de Aveiro, é um local de biodiversidade. Podemos observar as aves (birdwatching) e a vegetação num contacto com a natureza.