O Castelo de Lanhoso é um dos quatro monumentos que estão situados no Monte do Pilar. Considerado um dos mais antigos castelos nacionais, está documentado desde os conturbados tempos da reconquista do norte do território que viria a configurar o Reino de Portugal.
Com as obras do castelo, este sofre uma reconstrução conforme atesta a inscrição junto à entrada principal, na qual o projeto respeitou a planta pré-românica da estrutura, devido ao povoamento da região fazendo com que este servisse para a defesa de Braga.
Também com esta reconstrução, o castelo foi palco de um dos episódios mais repetidos na história de afirmação de Portugal como nacionalidade. A mando de D. Afonso Henriques, sua mãe D. Teresa foi presa nesta fortaleza em 1128.
Contudo, o castelo já não era o mesmo da atualidade, pois no século XII, no amplo processo de estruturação das terras e das respectivas cabeças de território, o conjunto foi objecto de reforma. Construiu-se assim o castelo românico com a torre de menagem no centro do pátio central. Pouco tempo depois, o alcaide deste, D. Rui Gonçalves Pereira, com a denúncia de infidelidade da mulher, mandou incendiar o castelo.
Reerguendo-se novamente, as muralhas foram a primeira parte sob o signo da arte gótica. De seguida foi o deslocamento da torre da parte central para uma das extremidades, defendendo activamente os muros, e a porta principal foi flanqueada por duas torres, de feição harmónica, mais característica dos tempos de D. Dinis.
Este monarca concedeu especial atenção ao castelo e à sua povoação, com o foral passado em 1292. Podemos ver o brasão real situado na torre virada a sul, para a vila.
Também está classificado como Monumento Nacional desde o ano de 1910.
Os vestígios mais antigos da ocupação humana nesta zona remontam ao calcolítico, correspondente ao III milénio a.C., e um outro período de ocupação correspondente ao bronze final, dos séculos VIII e VII a.C.
Desenvolveu-se nos séculos seguintes um povoado fortificado que parece ter atingido o seu máximo nos finais da Idade do Ferro e nos primeiros séculos da romanização.
Atualmente esta povoação castreja tem ruínas nas diversas partes no sopé do Monte do Pilar. São de construções circulares com e sem vestíbulo, e retangulares, por vezes associadas a pavimentos lajeados.
Como disse, esta povoação castreja está situada no sopé do Monte do Pilar, por isso só vemos algumas construções, e estas estão bem conservadas. Pode ver-se a preocupação das entidades na sua conservação.
Na vertente sul do monte podemos ver a reconstrução de três casas, e nas outras vertentes as ruínas de outras construções, mas que estão limpas.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público.
A imagem tem origem no Santuário do Monte Pilar, em Gaia, chegando à Póvoa de Lanhoso pelo devoto André da Silva Machado, comerciante abastado e natural de Valdemil, no ano de 1680.
A capela foi edificada com a pedra de desmonte das muralhas do antigo castelo.
Coordenadas: N 41° 35.107' W 008° 16.861'
Coordenadas: N 41° 35.170' W 008° 16.860'
Coordenadas: N 41º 35.200' W 008° 16.865'
Esta localização faz da Póvoa de Lanhoso privilegiada, pois está no centro de passagem para Guimarães, Braga e para o Parque Nacional Peneda-Gerês. Tem como seu ex-libris o Monte do Pilar, e esta foto é precisamente deste monte.