Temos aqui uma segunda versão de aquedutos. Seguindo os passos dos romanos em aquedutos, estes foram edificados no século XVIII e, não sendo tão imponentes como os primeiros, foram igualmente importantes para esta população.
Feito em alvenaria de granito é formado por um canal assente sobre pilares. A ideia é a mesma, mas a finalidade foi diferente. Nos primeiros servia para levar a água para as povoações, neste segundo caso serviu para regar os campos à sua volta.
Pode não entrar na história cultural de Portugal, mas sem dúvida alguma entrou na história cultural de Brunhais.
Não se igualando ao exemplo à sua vizinha de São João de Rei, a freguesia de Monsul aparece referenciada em 1220 integrando-se no limite da freguesia vizinha.
Também está referenciada por em 1706 ainda pertencer ao Couto de Pousadela. A existência do Pelourinho pode dever-se ao fato de esta freguesia ter pertencido a São João de Rei.
É uma freguesia que atualmente tem uma população de cerca de oitocentos pessoas, e na sua sede está a parte superior do Pelourinho. O fuste encontra-se a poucos metros, no outro lado da rotunda.
A sede da Junta de Freguesia situa-se no centro da localidade, junto do lado norte da rotunda.
Denominada com outros dois títulos como Igreja Matriz de Fontarcada, ou Igreja de São Salvador, está situada no lugar do mosteiro devido ao facto de neste lugar ter sido fundado um Mosteiro Beneditino de São Salvador (orago da freguesia), em 1067 por doação de D. Godinho Fafes (Godinho Fafilaz, ou Falifaz).
Este senhor, pai do rico homem e alfares-mor de Henrique de Borgonha, conde de Portucale, é o responsável pela edificação da coutada de Fontarcada, na qual o templo foi erguido num terreiro no princípio do século XII.
A comunidade beneditina esteve neste mosteiro até à sua extinção no século XIV ou XV. Com esta extinção o mosteiro caiu na ruína até que, na atualidade, já nada resta das instalações conventuais.
No final do século XII e início do XIV, do qual remonta a atual igreja, os frades beneditinos mantiveram acesa uma disputa com os fidalgos vizinhos e senhorios. Este templo foi restaurado no século XVI.
De origem românica, a fachada principal, austera, tem um portal de três arquivoltas apoiados em seis colunelos com capitéis lavrados e ábacos salientes.
A frontaria apresenta ainda uma rosácea com moldura de dois anéis de secção idêntica à dos arcos do portal, denotando-se uma provável autoria do mesmo mestre de obras. O portal é encimado por um friso enxaquetado. O tímpano ostenta um Agnus Dei.
Desde 1910, encontra-se classificado como Monumento Nacional.
A história desta localidade é que pertenceu ao Couto de Pousadela, propriedade dos Condes de Unhão, que aqui tinham o seu Paço. O Pelourinho é um indicativo de que a localidade teve um foral, mas não há conhecimento de tal prestígio. Este Pelourinho era designado de Pelourinho de S. João de Rei.
Do século XVI, este Pelourinho encontra-se desmembrado, com a coluna a sustentar uma varanda de uma casa particular enquanto a restante parte se encontra na Junta de Freguesia. Anteriormente a pedra de armas (correspondendo à parte superior do Pelourinho) serviu de base a um cruzeiro da Via Sacra.
Mesmo com o desmembramento, o Pelourinho está classificado como Imóvel de Interesse Público.
No centro da localidade de Monsul, este pelourinho está situado junto da rotunda central, no seu lado oeste.
Este pequeno feito teve a finalidade para acolher a imagem de Nossa Senhora do Rosário, antes pertencente à Igreja de São Miguel de Taíde, de modo a evitar a sua destruição, uma vez que tinha sido rejeitada pelos responsáveis da igreja.
Ficando então a imagem aos cuidados deste senhor para veneração particular, depressa correu a notícia dos dons concedidos pela então conhecida como Senhora dos Milagres. Com a afluência de peregrinos cada vez maior, crentes no seu poder milagroso, houve a necessidade do oratório ficar capela de pedra, a qual terminou no ano de 1734, local atualmente ocupado pela capela da Natividade de Nossa Senhora.
Reza a história que a fama da Senhora aumentou quando Francisco Magalhães de Machado se preparava para a levar a um pintor e miraculosamente a Senhora se transformou num excelente aspecto.
Com isto e com o avolumar de crentes, o então Arcebispo de Braga, D. José de Bragança, permitiu a construção do santuário, provido de uma escadaria à semelhança dos outros da mesma época.
A frontaria está enquadrada por duas torres, divididas em três registos. O registo superior é rasgado nas quatro faces por olhais de volta perfeita. Sobre o portal, entre um frontão de volutas, encontra-se uma imagem de Nossa Senhora de Porto de Ave.
O transepto de planta octogonal é iluminado por um zimbório oitavado com cúpula. O cruzeiro é ornado por duas estruturas retabulares em talha dourada.
A capela-mor, com teto abobadado dividido em caixotões pintados, carateriza-se por um retábulo rococó de talha dourada a revestir a parede do fundo.
O interior apresenta um notável revestimento de azulejos joaninos do século XVIII, azuis e brancos, sendo os motivos descritivos sobre a vida da Virgem e do nascimento de Jesus.
Sobre a nave estende-se uma abóbada de berço com caixotões onde estão pintadas cenas alegóricas, apoiada num entablamento de pedra decorado com um denticulado. As capelas laterais apresentam retábulos de talha polícroma. O coro é ladeado por dois órgãos de tubos guarnecidos de talha, em estilo rococó.